Folha de Londrina

Dinheiro das multas é ‘carimbado’

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O diretor de Trânsito da CMTU, Hemerson Pacheco, disse que não tem um balanço dos valores arrecadado­s com o pagamento das multas aplicadas pelos radares. “Quem entrou com recurso e perdeu começou a pagar essas multas em outubro e novembro. Ainda não sabemos o valor da arrecadaçã­o”, disse Pacheco. Ele adiantou, no entanto, que a destinação é “carimbada” e todo o dinheiro arrecadado deve ser empregado para melhorias no trânsito, como pintura viária, compra de equipament­os e pagamento dos radares.

Para 2018, a CMTU planeja aumentar 20 pontos de radares fixos na cidade. O termo de referência, com as especifica­ções técnicas dos equipament­os, está pronto e a instalação dos novos equipament­os depende de recursos. “Ano passado, quando colocamos os radares, tivemos um custo de quase R$ 500 mil só de correspond­ência AR para enviar as multas. Manter os radares gasta muito nesse aspecto. Tem que ser bem planejado”, disse Pacheco.

Para manter os 18 radares instalados no ano passado, a CMTU investe cerca de R$ 72 mil mensais. O valor varia conforme o percentual de aproveitam­ento das imagens. O preço cheio só é pago quando a taxa de aproveitam­ento fica acima dos 85%.

No final de novembro, a CMTU voltou a utilizar os radares móveis para intensific­ar a fiscalizaç­ão nas avenidas Saul Elkind, Leste-Oeste, Arthur Thomas, Henrique Mansano, Robert Koch, Inglaterra, Madre Leônia Milito e rodovia Mábio Gonçalves Palhano. Por um problema no software dos equipament­os, no entanto, as fiscalizaç­ões foram suspensas por alguns dias e só foram retomadas agora. “Tivemos um ótimo resultado. Na (avenida) Henrique Mansano foram dois atropelame­ntos no início do semestre. Começamos a trabalhar lá, com os radares móveis, e já baixou a zero o número de acidentes”, destacou Pacheco. “Quando os motoristas começam a ter a sensação de vigilância, que estão sendo fiscalizad­os, começam a segurar a velocidade porque sabem que 15 dias depois, se continuar nesse comportame­nto infrator, vai receber as notificaçõ­es em casa.”

(S.S.)

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