Folha de Londrina

Quem vê cara não vê coração

- WILSON OLIVEIRA TRINDADE (bacharel em Direito) – Londrina

O prédio do Congresso Nacional, uma beleza arquitetôn­ica, não condiz com as canalhices ali tratadas, ou seja, com os canalhocra­tas que ali atuam. Ao visitá-lo, cuidado com a carteira! Chegam a dizer que é um lugar onde se concentra a maior quantidade de malfeitore­s por metro quadrado. O salão verde da Câmara dos Deputados está vermelho de vergonha graças à despudorad­a ação de seus ocupantes! O general Olímpio Mourão (falecido em 1972) foi profético quando comentou certa vez: “Ponha-se na presidênci­a qualquer medíocre, louco ou semianalfa­beto e, 24 horas depois, a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencend­o-o de que é um gênio político e um grande homem, de que tudo quanto faz está certo. Em pouco tempo, transforma-se um ignorante em sábio, um louco em gênio equilibrad­o, um primário em estadista. E um homem nessa posição, empunhando nas mãos as rédeas de um poder praticamen­te sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso. Enquanto esse monstro é dirigido e explorado apenas pela lisonja, bajulado pela corte, a Nação sofre prejuízos de monta, é verdade, mas, apenas danos materiais em sua maioria e morais alguns. Quando porém, sua roda é formada ou dominada por um bando refece de demônios, nesse momento a Nação corre os mais sérios perigos”. Portanto, cuidemo-nos antes que seja tarde!

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