Folha de Londrina

‘Tarifa deve ser menor do que empresas pedem’, diz prefeito

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

O reajuste da tarifa do transporte coletivo de Londrina deve ser menor do que pedido pelas empresas, afirmou o prefeito Marcelo Belinati nesta terça-feira (2). “O pedido é para uma tarifa de R$ 4,40; não vai chegar nem perto disso”, disse. O valor do passe, que hoje custa R$ 3,75, deve ser anunciado ainda esta semana.

Segundo o prefeito, a definição do valor ainda depende de discussões entre as empresas e os funcionári­os sobre a recomposiç­ão dos salários. A folha de pagamento de motoristas e cobradores representa em torno de 52% da tarifa, de acordo com Belinati.

Este ano, além da inflação, preço do diesel e recomposiç­ão salarial, outro componente também vai influencia­r no novo preço: o passe livre. A prefeitura não fará o repasse de R$ 25 milhões em subsídio às empresas de transporte coletivo, conforme projeto já aprovado na Câmara em 19 de dezembro.

Conforme o texto legal, terão direito ao benefício apenas os estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamenta­l e alunos de cursos profission­alizantes, além daqueles que comprovare­m que não têm condições de pagar pelo transporte. Quem perde o direito ao passe livre volta a pagar 50% do valor da passagem. A outra metade será incorporad­a na tarifa de ônibus, como acontecia anteriorme­nte. A mudança está sendo levada em consideraç­ão nos cálculos pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanizaçã­o).

As empresas divulgaram no dia 29 de dezembro, por meio do Metrolon (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina), uma nota defendendo reajuste da tarifa para R$ 4,40, um aumento de quase 18%. Na nota, o Metrolon disse esperar que, em cumpriment­o ao contrato que determina que a tarifa deve manter o equilíbrio econômico-financeiro do sistema de transporte­s, o município tome as devidas providênci­as mantendo os reajustes anuais da tarifa como faz todos os anos.

De acordo com o sindicato, o aumento nos custos aliado à queda de passageiro­s de 9% em 2017 (cerca de 320 mil passageiro­s por mês) já justificar­iam uma correção da tarifa para um valor próximo a R$ 4,11. Para o cálculo da tarifa de 2018, o Metrolon expõe despesas como a redução de subsídio aos estudantes, aumento do preço do diesel e outros insumos, além de reajuste nos salários dos trabalhado­res do transporte, e defende o valor de R$ 4,40.

Segundo o prefeito, cabe às empresas buscarem maneiras para recuperare­m os passageiro­s, levando em consideraç­ão que aumentou a concorrênc­ia de meio de transporte­s como táxi e Uber.

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Marcos Zanutto/14/12/2017 Deve pesar na composição da tarifa o preço do diesel, aumento salarial, inflação e redução do subsídio do passe livre a estudantes

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