Folha de Londrina

‘Setor garante 30% do meu faturament­o’

Orientação de empresário para aproveitar as oportunida­des é ter seriedade e estrutura

- Fábio Galiotto

Oempresári­o Carlos Alberto de Medeiros, sócio-proprietár­io da Padoka Panificado­ra e Confeitari­a em Londrina, não é novato em licitações. Ele diz que já venceu ao menos 15 somente na cidade, para fornecimen­to de coffee breaks, lanches, leite e pão para os mais diversos órgãos públicos. “Dá uns 30% do meu faturament­o anual e contratei a mais umas cinco ou seis pessoas”, explica.

Autodidata, aprendeu as regras e mantém a documentaç­ão em dia, sempre de olho nas oportunida­des. “Sempre digo que, se a pessoa tem seriedade e estrutura, entra porque vale a pena”, diz Medeiros, que venceu a concorrênc­ia para o contrato de marmitex e lanches da Prefeitura de Londrina no último semestre.

Para outros, trata-se de uma nova porta aberta. O proprietár­io da Sadalu Confecções, Ademir Moreno, ficou com dois lotes de uniformes escolares na licitação de dezembro. “Consegui um preço no limite do que precisava. A vantagem é que dá volume, porque serão 9,2 mil peças, uma de manga curta e outra, longa, quando um pedido normal não passa de cem peças”, diz.

Para Moreno, o contrato deve representa­r 10% do faturament­o que teve em 2017. Ele elogiou a mudança de postura na prefeitura, ao dividir o volume total em vários lotes. “Ajudou, porque se fosse em uma licitação normal, uma empresa de fora teria levado tudo.”

CHANCE PARA TODOS

devem perder o “medo” de vender ao setor público. Um fabricante de uniformes ligou na última semana antes do prazo final da licitação dos uniformes porque queria participar e não conseguia ultrapassa­r a fase de documentaç­ão. Amici deu a assessoria pelo órgão e o fornecedor foi um dos seis a levar um contrato. “A orientação que damos é geral, sobre funcioname­nto, documentaç­ão, e é importante ressaltar que não orientamos o preço. Explicamos como funciona um pregão, que só vai para a fase de lance quem está até 10% acima da proposta mínima e que as margens são menores no setor público, porque se ganha em escala”, conta.

Amici lembra da importânci­a de o dinheiro ficar na cidade. “Um estudo do FMI (Fundo Monetário Internacio­nal) mostra que o recurso gira sete vezes na economia antes de deixar a cidade, então é importante permitir o acesso das empresas daqui às licitações”, completa.

Por meio de cadastro em portais eletrônico­s de compras, é possível receber informaçõe­s sobre a abertura de tomadas de licitações e outras concorrênc­ias na cidade. Há também programas do tipo em âmbito federal e de cada estado, como o Compras Governamen­tais (www. comprasgov­ernamentai­s.gov.br), o do Banco do Brasil (www.licitacoes-e-com.br) ou o Compras Paraná (www.compraspar­ana.pr.gov.br).

Consultor jurídico do Sebrae em Londrina, Mauro Amici conta outro caso que mostra que os empresário­s

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Fotos:Marcos Zanutto Contrato com a prefeitura deve representa­r 10% do faturament­o de 2017, calcula Ademir Moreno
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Experiente em concorrênc­ias públicas Carlos Alberto de Medeiros venceu pelo menos 15 licitações e precisou contratar funcionári­os

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