Comando e comando
Maior prova de que não há comando político no governo estadual veio agora com o manifesto de cinco partidos - PSDB, PSB, PTB, DEM e PR - afirmando que só Beto Richa deveria comandar a sucessão, uma forma obliqua de constatar que ele não está cumprindo esse papel. Assinam o documento o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB); Severino Araújo (PSB), deputado federal Alex Canziani (PTB), Pedro Lupion (DEM) e deputado federal Fernando Giácobo (PR). Tudo decorre da movimentação exercida pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), colocando seus interesses clânicos e familiares acima dos propósitos da base aliada.
Mas o que fazer se o governador sentir-se atraído pelo pepista como fez lá atrás quando levou em desconsideração um correligionário, mais habilitado, que era Gustavo Fruet, para beneficiar o maringaense? E se não houve vontade e energia para o exercício dessa liderança, o que fazer? Será que o manifesto, assim tão enfático, tira o governador da abulia ou estará ele mesmo convencido de que o rei da cocada preta é o marido da Cida Borghetti?
Mais uma vez em destaque a nossa mediocridade num momento em que brilhamos no mundo jurídico nos feitos da Lava Jato, de sua força-tarefa, do criminalista Renê Ariel Dotti e do juiz Sérgio Moro, delegados e procuradores na ratificação do TRF4 de Porto Alegre, onde também há um desembargador de terra João Pedro Gebran Neto, relator na Corte.