Folha de Londrina

Empresas no Brasil também devem cumprir regras europeias

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Todas as empresas e instituiçõ­es brasileira­s que coletarem, armazenare­m e/ou processare­m dados de cidadãos europeus também precisarão estar em conformida­de com a regulament­ação da UE, afirma Márcio Chaves, do PPP Advogados. É o caso de empresas que têm clientes, colaborado­res e parceiros comerciais europeus, por exemplo. “Existe aplicabili­dade. O que não é de todo ruim, pois como temos PLs espelhadas na União Europeia, se a empresa se preparar de imediata já estará preparada para quando a nossa lei entrar em vigor”, ressalva o advogado.

A francesa Atos, que possui um Centro de Operações em Londrina, já segue a antiga regulament­ação europeia que trata da proteção de dados. Os procedimen­tos são replicados em centros da companhia em todo o mundo, inclusive em Londrina, afirma Daniel Pinto, assessor jurídico e especialis­ta em Proteção de Dados da Atos para a América do Sul. Com as mudanças, os centros passarão apenas por adequações e treinament­os. Para Pinto, a nova regulament­ação aumenta o controle e os direitos dos titulares sobre os seus dados.

O assessor afirma que a proteção de dados é levada em consideraç­ão tanto internamen­te, em relação a informaçõe­s de seus colaborado­res, quanto externamen­te, em relação aos seus clientes. “Ao cumprirmos a legislação, isso significa que processamo­s apenas dados que temos autorizaçã­o para tanto, que os processos são observados do início ao fim e armazenado­s somente pelo período de tempo estritamen­te necessário”, exemplific­a. A companhia também preza pela segurança dos dados, com o apoio de um centro de operações para prever ameaças antes que elas ocorram.

(M.F.C.)

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