Folha de Londrina

Primeira mulher na equipe de operações aéreas

Investigad­ora da Polícia Civil foi aprovada em um rigoroso teste seletivo e participar­á do GOA

- Reportagem Local

Bruna Roberta Mayer, 33, investigad­ora da Polícia Civil, será a primeira mulher a integrar uma equipe de operações aéreas no Paraná. Ela será membro do GOA (Grupamento de Operações Aéreas) da Polícia Civil, atuando como operadora aerotática – que dá apoio na parte operaciona­l dentro da aeronave. Mayer passará a sobrevoar com a aeronave do GOA sob supervisão de outro operador aerotático e a partir de fevereiro assumirá, definitiva­mente, o cargo.

A servidora passou por um rigoroso teste de aptidão física. “Entre os policiais inscritos, Bruna foi a única a obter êxito na aprovação, razão pela qual foi indicada a participar do XI COA, no Centro Tático Aéreo – unidade de referência nacional no Maranhão”, afirma o coordenado­r do GOA, o delegado Renato Coelho de Jesus.

Durante o curso, a investigad­ora foi submetida a uma intensa e exaustiva série de ensinament­os, relacionad­os a operações aéreas de salvamento e resgate policial, em meio a mata. Mayer ressalta que um dos maiores desafios foi vencer o preconceit­o e não ser tratada com diferen- ciação. “Foram cerca de dois meses de treinament­o, e um dos desafios foi me alinhar com os homens, que também estavam participan­do da capacitaçã­o. E a cada dia eu fui provando que tinha condições físicas e mentais para estar ali”, afirma.

Cerca de 90 servidores de todo país participar­am do processo seletivo, porém, apenas 25 foram selecionad­os para iniciar o XI COA. Destes 25, formaram-se 13, entre elas a policial paranaense, que ficou em sétima colocação. “Ela apresenta um elevado grau técnico, profission­al e disciplina­r, além de ser a única mulher do estado a desenvolve­r esta função. Sem contar que há 12 anos nenhuma mulher havia conseguido aprovação em um teste seletivo tão rigoroso quanto esse”, observou Jesus.

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Polícia Civil/Divulgação “Foram dois meses de treinament­o e a cada dia eu fui provando que tinha condições físicas e mentais para estar ali”, afirma Bruna Roberta Mayer

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