Vereador pede cassação de parlamentares investigados na ZR3
O vereador Filipe Barros (PRB) apresentou nessa sexta-feira (26) um pedido de abertura de processo para cassar os mandatos do presidente da Câmara Municipal de Londrina, Mário Takahashi (PV ), e do vereador Rony Alves (PTB), investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) na chamada Operação ZR3, que apura possíveis pagamentos indevidos a agentes públicos em projetos que alteraram o zoneamento urbano.
O documento será analisado pela Mesa Executiva do Legislativo em uma reunião na próxima segundafeira (28), às 8h30. Enquanto isso, a Procuradoria Jurídica da Casa tem 10 dias para se manifestar sobre a solicitação de Barros. Em entrevista coletiva ontem à tarde, ele classificou a denúncia como relevante porque Takahashi e Rony teriam quebrado o decoro parlamentar. “Na minha opinião, as provas do Ministério Público são robustas. Se eles cometeram ou não os crimes, é o Judiciário que vai decidir, mas eu tenho certeza que eles agiram erradamente”, afirmou.
Os dois vereadores, por determinação do juiz da 2ª Vara Criminal, Delcio Miranda da Rocha, estão sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas. Além disso, junto com mais nove investigados na ZR3, foram impedidos de frequentarem prédios públicos, como a prefeitura e a própria Câmara. “Nunca me procuraram para mudar o zoneamento. No início do ano passado, eu afirmei que não iria apresentar ou votar projetos do segmento”, salientou.
Barros classificou-se como um representante de outros parlamentares que concordam com o teor da denúncia. “Conversei com vários deles antes de tomar a decisão. Não posso citar os nomes porque isso poderia prejudicar a formação de uma eventual Comissão Processante. Vários apoiaram a iniciativa”, ponderou. Takahashi e Alves, caso o pedido seja aceito pela Procuradoria da Câmara, poderão se defender das acusações.