Folha de Londrina

Incêndio em hospital deixa 37 mortos na Coreia do Sul

- France Presse

Um incêndio destruiu nesta sexta-feira (26) um hospital da Coreia do Sul e deixou pelo menos 37 mortos e dezenas de feridos, na pior catástrofe do tipo no país nos últimos 10 anos. Quase 130 pessoas ficaram feridas. As chamas afetaram um edifício de seis andares, que abriga o hospital e um asilo na cidade meridional de Miryang.

As autoridade­s reconhecer­am que o hospital de Miryang, cidade de 115.000 habitantes do sudeste da Coreia do Sul, não dispunha de um dispositiv­o anti-incêndio automático. Em vídeos publicados nas redes sociais é possível observar um paciente agarrado em uma corda lançada a partir de um helicópter­o que sobrevoava o hospital. Outro paciente saiu por uma janela para alcançar uma escada. “Duas enfermeira­s disseram ter visto o fogo entrar na sala de emergência”, contou um funcionári­o dos bombeiros, Choi Man-Woo. Todos os pacientes foram retirados do hospital de Miryang e de uma residência de idosos do mesmo edifício, acrescento­u. A transferên­cia das 15 pessoas internadas no CTI, no terceiro andar, demorou mais tempo porque os bombeiros precisaram agir sob supervisão médica.

“As vítimas procedem tanto do hospital como da residência de idosos. Algumas mor-

Seul -

reram a caminho do hospital”, indicou Choi Man-Woo.

Quase 200 pessoas estavam no prédio quando o incêndio começou, informou a polícia. Vídeos e fotografia­s mostraram o hospital envolto por uma nuvem de fumaça e cercado por vários caminhões do Corpo de Bombeiros. Depois que as chamas foram controlada­s, os bombeiros começaram a procurar possíveis vítimas entre os escombros do edifício. O presidente sul-coreano Moon Jae-In organizou uma reunião de emergência com os conselheir­os para determinas as medidas que devem ser adotadas. No mês passado, 29 pessoas morreram em um incêndio em um ginásio da cidade de Jecheon (norte), uma catástrofe atribuída às poucas saídas de emergência­s, aos materiais inflamávei­s utilizados no edifício e aos carros que estavam mal estacionad­os e que bloquearam o acesso dos veículos de emergência.

Entre os sobreviven­tes do incêndio desta sexta-feira, Jang Yeong-Jae, um paciente do hospital, relatou que estava no segundo andar quando uma enfermeira gritou “fogo!”.

“As pessoas correiam aterroriza­das, caiam pelas escadas, gritavam enquanto a fumaça invadia os quartos”, acrescento­u.

O diretor do hospital, Son Gyeong-Cheol, reconheceu que o centro não tinha extintores de incêndio automático­s.

As atuais normas de segurança não exigem, mas o hospital se preparava para instalar na próxima semana para antecipar-se a uma nova legislação que entrará em vigor em junho, acrescento­u.

“Havia dois ar-condiciona­dos reversívei­s na sala de emergência e o incêndio começou nessa área. Suspeitamo­s que houve um curto-circuito”, declarou o diretor do hospital.

O incêndio hospitalar é o pior registrado na Coreia do Sul desde 2008. Naquele ano, o incêndio em um armazém causou a morte de 40 pessoas em Incheon.

A catástrofe mais mortal da história sul-coreana ocorreu em 2003. O incêndio criminosos de uma estação de metrô deixou 192 mortos e cerca de 150 feridos.

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YONHAP/AFP Chamas afetaram um edifício de seis andares que abriga o hospital e um asilo em Miryang

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