Estratégia temerária
A estratégia jurídica do senhor Luiz Inácio Lula da Silva de tentar convencer, através de inúmeros recursos às cortes superiores (STJ e STF), que o seu julgamento perante o Juiz Federal Sérgio Moro e perante os Desembargadores do TRF-4 é uma perseguição política não prospera! A condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro foi tecnicamente aplicada, pelo duplo grau de jurisdição, diante das evidentes provas constantes nos autos que não deixaram dúvidas sobre a autoria e a materialidade dos crimes cometidos. O acórdão é irretorquível e dificilmente será reformado. Diante desses fatos, “o filho do Brasil” parte para o ataque pessoal contra os magistrados que o condenaram, se esquecendo de que todo julgamento deve respeitar os princípios da imparcialidade e da impessoalidade. Ao atacar a pessoa do julgador se está atacando um órgão do Poder Judiciário e, por via reflexa, a ofensa atinge todos os seus membros, especialmente os ministros das cortes superiores que vão analisar e julgar os recursos derradeiros. Ao ex-presidente da República cabe a seguinte reflexão do jornalista estadunidense Henry Louis Mencken: “Para todo problema complexo existe sempre uma solução simples, clara e completamente errada!”.
RICARDO LAFFRANCHI (advogado) - Londrina