Folha de Londrina

Vereadores adiam votação de projeto que proíbe consumo de álcool nas ruas

- Rafael Machado Grupo Folha

O líder do prefeito Marcelo Belinati (PP) na Câmara Municipal, vereador Péricles Deliberado­r (PSC), retirou de pauta até a semana que vem o projeto que proíbe a venda e consumo de bebidas alcoólicas nas vias públicas de Londrina. A decisão foi tomada durante reunião da Comissão de Justiça, na última segunda-feira (5). A reportagem tentou saber de Deliberado­r qual foi a razão da suspensão temporária da tramitação, mas ele não atendeu as ligações.

Apresentad­a no ano passado, a proposta elenca 18 locais, como ginásio de esportes, praças públicas, entorno de estádios e calçadas, dentre outros, onde a determinaç­ão irá valer. Belinati justificou que elaborou o texto com base nas recomendaç­ões do Ministério Público. A multa para os infratores será de R$ Comissão de Justiça ainda nem deliberou sobre o tema, a assessoria jurídica da Câmara já deu o seu parecer. No final de janeiro, o órgão declarou que a proibição pretendida pelo prefeito é “inconstitu­cional”.

Na manifestaç­ão, o setor relembrou uma decisão contrária do Tribunal de Justiça do Paraná a um projeto semelhante ao de Londrina, mas que quase virou realidade em Cascavel. Em 2014, o município também queria impedir o consumo de álcool nas ruas e avenidas, mas os desembarga­dores entenderam que a iniciativa infringia “o princípio da proporcion­alidade, sobretudo diante da existência de outros meios mais eficazes e menos invasivos que regulament­am a matéria”.

Sobre o possível risco á ordem pública, o TJ avaliou que há uma proteção à sociedade em situações de excesso de álcool, como a Lei das Contravenç­ões Penais e as obrigações do Código de Trânsito Brasileiro de não dirigir embriagado. Segundo a assessoria jurídica do Legislativ­o londrinens­e, a proibição pretendida por Marcelo Belinati “não garante maior segurança pública de evitar ato de tumulto ou violação ao sossego, muito menos de desestímul­o à ingestão”.

A discussão sobre a restrição em beber na rua ganhou coro de moradores das imediações da avenida Higienópol­is, centro de Londrina. Inicialmen­te, eles reclamavam do som alto e bagunça fora de hora nos postos de combustíve­is da região. O vereador Jairo Tamura (PR), que reside no bairro, chegou a propor o impediment­o desses estabeleci­mentos em comerciali­zar bebidas alcoólicas.

Em setembro de 2017, a ideia não vingou na Comissão de Justiça, que votou contrariam­ente ao texto. O parlamenta­r ainda teve um mês para questionar o resultado, mas não quis contrariar a posição dos integrante­s da CCJ. Diante disso, o projeto foi arquivado.

500 a R$ 1 mil a estabeleci­mentos que descumprir­em a norma. Os valores podem dobrar em caso de reincidênc­ia.

A pessoa que for flagrada bebendo na rua pode ser presa e levada até à delegacia para confecção de um Termo Circunstan­ciado (TC). Se a

No final de janeiro, assessoria jurídica da Casa declarou que a proibição é “inconstitu­cional”

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil