Folha de Londrina

Petróleo cai e puxa Ibovespa para baixo

-

Receio com ciclo de alta nos EUA também afeta

As cotações do petróleo foram o fiel da balança para determinar as perdas na sessão de negócios de quarta-feira, 7, quando o Ibovespa recuou 1,34%, aos 82.766,73 pontos. Na primeira parte do pregão, o índice à vista chegou a firmar alta, mas, após divulgação de dados sobre os maiores estoques da commodity pelo Departamen­to de Energia dos Estados Unidos, os preços apresentar­am forte queda levando à reboque as ações da Petrobras e, logo depois, das outras blue chips. Por trás dessa movimentaç­ão, segundo analistas, está o receio dos investidor­es com a possibilid­ade de ajustes mais fortes das bolsas americanas, que já devem estar no último ciclo de alta.

Fluxo financeiro se concentra em vendas

Os analistas de mercado dizem que a percepção de risco com a cena externa está ligada aos possíveis ajustes da política monetária do Fed (banco central dos Estados Unidos) e sobre as grandes altas nas bolsas pelo mundo, que geram um sentimento de cautela. Nesse sentido, o sentimento contaminou os negócios com os investidor­es se concentran­do na ponta vendedora. O giro financeiro chegou a R$ 11,9 bilhões. A B3 informou que, em fevereiro, o fluxo estrangeir­o passou a ser negativo em R$ 585,315 milhões. O valor é resultado de compras de R$ 14,757 bilhões e vendas de R$ 15,342 bilhões. No entanto, em 2018, o saldo segue positivo e está em R$ 8,964 bilhões.

Dólar sobe diante de moedas emergentes

O fortalecim­ento do dólar no mercado internacio­nal manteve a moeda americana em alta ante o real durante a maior parte da sessão. A divisa terminou a sessão de negócios cotada a R$ 3,2747 no mercado à vista, em alta de 0,98%, em sintonia com a valorizaçã­o observada ante moedas fortes e emergentes. Pela manhã, a cotação chegou a cair pontualmen­te, atingindo a mínima de R$ 3,2383 (-0,14%). Na máxima, à tarde, bateu os R$ 3,2841 (+1,27%). A queda do dólar no início da sessão foi pontual, influencia­do pelo fluxo cambial positivo e pelo leilão de swap cambial do Banco Central de 9.500 contratos, com valor total de US$ 475 milhões, o que contribuiu para absorver a demanda.

Taxas de juros mostram aposta em queda da Selic

Os juros futuros de longo prazo reduziram a queda mostrada ao longo do dia e fecharam perto da estabilida­de. Em dia de decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) por reduzir a taxa básica de juros, a Selic, de 7,00% ao ano para 6,75%, as taxas de médio e curto prazo fecharam em ligeira queda, com investidor­es apostando na continuaçã­o do ciclo de baixa em março. A taxa do contrato DI para janeiro de 2019 fechou em 6,805%, ante 6,830% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 8,07% para 8,05%. O DI para janeiro de 2021 encerrou em 8,87%, de 8,91%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 9,57%, de 9,59%, e a do DI para janeiro de 2025 em 9,91%, de 9,92%.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil