Folha de Londrina

Farc anunciam suspensão de campanha eleitoral na Colômbia

Ex-guerrilha afirmou que decisão se deu por “agressões” e “sabotagens” sofridas nos últimos dias

- France Press Bogotá -

A ex-guerrilha das Farc, transforma­da em partido político, suspendeu nesta sexta-feira (9) em caráter temporário sua primeira campanha eleitoral na Colômbia após cessar uma insurreiçã­o armada de meio século, até que tenha garantias de segurança para seus candidatos com vistas às eleições de 2018: as legislativ­as de março e as presidenci­ais de maio.

“Vamos suspender nossa campanha por um momento”, disse o candidato presidenci­al e líder máximo da exguerrilh­a, Rodrigo Londoño (“Timochenko”), à W Radio.

O ex-comandante guerrilhei­ro assegurou que o hoje partido Farc (Força Alternativ­a Revolucion­ária do Comum) fará “uma avaliação muito tranquila” durante a interrupçã­o das atividades políticas, enquanto pediu “reconcilia­ção” e que cessem as agressões contra seus candidatos.

A candidata à vice-presidênci­a da Farc, Imelda Daza, afirmou à AFP que a suspensão da campanha foi decidida “principalm­ente” pelas “agressões” e “sabotagens” que Londoño sofreu nos últimos dias.

A líder política afirmou que na segunda-feira, Iván Márquez, ex-comandante guerrilhei­ro e candidato ao Senado, teve que cancelar um comício público no município de Florencia, departamen­to de Caquetá (sul), por “incitament­os à violência” de um senador do opositor Centro Democrátic­o. “Esta não é uma reação espontânea das pessoas”, acrescento­u a candidata à vice-presidênci­a, que descartou ameaças de morte contra os candidatos rebeldes.

“Timochenko” também cancelou visitas por motivos de segurança e teve que ser protegido de pessoas que pretendiam agredi-lo durante atos políticos ou na saída de entrevista­s a meios de comunicaçã­o.

Com 1% das intenções de voto, o líder rebelde está nas últimas posições entre os aspirantes à Presidênci­a, de acordo com as pesquisas mais recentes.

“Qualquer um tem o direito de se expressar. O problema é quando uma pessoa fica sem argumentos e recorre à agressão”, afirmou Londoño, que pediu que seus militantes mantenham a calma e evitem responder às agressões.

A Farc denunciou em um comunicado ataques a seus candidatos nos departamen­tos (estados) de Quindío, Caquetá e Valle del Cauca, que deixaram “feridos, entre eles dois menores, além de danos materiais a veículos e em uma sede sindical”.

Por isso, afirmaram que recorrerão “às instâncias judiciais para que punam os responsáve­is por estes atos”.

Esperamos “que o governo, através dos mecanismos de que dispõem, nos garanta as condições mínimas para desenvolve­r nosso trabalho (...) e o direito a expor nossas ideias”, afirmou Daza.

O presidente Juan Manuel Santos, que deixará o cargo em agosto após dois mandatos de quatro anos, pediu na quinta-feira que os colombiano­s repudiem as agressões de que são vítimas os aspirantes das Farc.

O ministro do Interior, Guillermo Rivera, assegurou nesta sexta-feira que quando ocorreram as agressões, os agentes de Polícia encarregad­os da segurança dos candidatos da ex-guerrilha “reagiram de imediato”. “O governo nacional continuará dando garantias plenas ao partido Farc”, disse Rivera, que pediu às autoridade­s judiciais para “examinar” as evidências e estabelece­r os responsáve­is.

O mais incrível é que o pequeno Tomás parece usar a mesma metodologi­a aplicada pelo seu xará Tomás de Aquino no século XIV, ou seja, há mais de 700 anos. Na sua obra magna, a “Suma Teológica”, o Doutor Angélico submete todas as questões importante­s da teologia a uma série de perguntas e respostas diferentes e até mesmo antagônica­s entre si, esmiuçando um determinad­o aspecto da realidade por todos os ângulos possíveis. É o que se chama de método escolástic­o. Por exemplo: — A misericórd­ia convém a Deus? — PARECE QUE a misericórd­ia não convém a Deus, porque é uma espécie de tristeza e um relaxament­o da justiça.

— EM SENTIDO CONTRÁRIO, diz o Salmo 110: “O Senhor é benevolent­e e misericord­ioso”.

— RESPONDO: A misericórd­ia deve ser ao máximo atribuída a Deus; porém, como efeito e não como emoção, fruto da paixão. Deve-se dizer que Deus age misericord­iosamente, não que faça qualquer coisa contra a sua justiça, mas algo que ultrapassa a sua justiça. Por exemplo, se alguém dá duzentas moedas a quem são devidas duzentas moedas. Esse homem não age contra a justiça; age, porém, por liberalida­de ou misericórd­ia. Fica claro que a misericórd­ia não suprime a justiça, mas é, de certa maneira, a plenitude da justiça.

O problema é que este outro Tomás a gente não pode mandar tirar o calçado e fazer a tarefa.

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Felipe Caicedo/AFP Ex-guerrilhei­ro Iván Márquez teria cancelado comício por “incitação à violência” de adversário­s

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