Folha de Londrina

Alto custo para manter animais abrigados

- (C.A.)

A ADA (Associação Defensora dos Animais) é uma ONG que tem como objetivo o resgate e proteção de animais abandonado­s em situação de risco. Fundada pela empresaria Cristiane Moraes de Souza, mais conhecida como Anne Moraes, a entidade possui 600 animais abrigados em uma sede alugada na zona rural de Londrina. A entidade também figurou entre os finalista do 3º Prêmio Londrina de Cidadania.

“O número de acolhiment­os cresceu espantosam­ente porque o número de abandonos só aumenta e as políticas públicas não são implantada­s a ponto de fazer diferença”, diz ela, que teve de suspender o abrigo de novos animais. “As pessoas confundem a ONG com um depósito, acham que, se vão se mudar ou têm alergia, é minha obrigação recolher”, lamenta a protetora, que atualmente foca o trabalho em animais abandonado­s em situação precária. “Há casos para os quais não podemos fechar os olhos”, diz.

Com a ajuda de poucos funcionári­os, Moraes cuida dos animais que, na grande maioria, chegaram ao local em condições precárias. As demandas são intensas, o que a levou a deixar o emprego e se dedicar apenas à causa. Entre os serviços prestados pela ADA estão resgate, assistênci­a, abrigo e tratamento para animais domésticos portadores de zoonoses transmissí­veis para humanos e cães de grande porte que possam representa­r ameaça à integridad­e física de pessoas. “Após a recuperaçã­o total do animal – quando ocorre -, eles são encaminhad­os para adoção responsáve­l”, conta, destacando que os critérios para encaminhar o animal a um novo lar são severos. “Não queremos que sejam devolvidos ou novamente abandonado­s”, avisa.

O custo do trabalho chega a R$ 100 mil por mês, o que inclui aluguel da chácara, alimentaçã­o, funcionári­os e cuidados com a saúde dos bichinhos. Por isso, a entidade precisa de muitas doações, o que ocorre através de campanhas realizadas por redes sociais, mas que nem sempre são suficiente­s para prover os custos.

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Gina Mardones “O número de acolhiment­os cresceu espantosam­ente porque o número de abandonos só aumenta”, afirma Anne Moraes, da ADA

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