Acesf estuda métodos de controle de pragas
Segundo a Administração dos Cemitérios, escorpiões são animais muito resistentes aos venenos, o que dificulta ações de dedetização
Ocemitério é um ambiente propicio para a proliferação de escorpiões, pois esses animais de atividade noturna se escondem durante o dia em locais com terra, sombreada e úmida, como troncos de árvores, pedras, tijolos, construções, frestas de muros, lajes de túmulos, entre outros. Além disso, esses predadores costumam aparecer durante o verão e se deslocam para ambientes com abundância de seu principal alimento: as baratas.
Pensando na prevenção, a Secretaria de Saúde de Londrina investe em ações educativas. Mário Inácio da Silva, do setor de Vigilância Ambiental,
adianta a possibilidade de divulgar novos casos de acidentes e animais recolhidos semanalmente, acompanhando o mesmo cronograma de ações contra a dengue.
A superintendente da Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina), Izabel Feijó Oliveira Flores, em nota, ressalta que os escorpiões são animais muito resistentes aos venenos existentes, o que dificulta ações de dedetização voltadas diretamente a estes aracnídeos. “E o aparecimento de escorpiões em cemitérios ocorre em função da existência nestes locais de insetos, como as baratas, que são utilizados pelos escorpiões para alimentação.”
Segundo ela, para combater os escorpiões, a Acesf tem aplicado veneno na área dos cemitérios rotineiramente, a fim de erradicar os insetos dos quais eles se alimentam. “Contudo, em algumas áreas, como os esconderijos, há dificuldade de pulverização, o que prejudica a total erradicação. Assim, a autarquia está avaliando a possibilidade de aplicar outros métodos que possam ser mais eficazes, e permitam um melhor controle de pragas nos cemitérios municipais.”
DENGUE
Na manhã de quarta-feira (14), agentes de endemias da secretaria de Saúde promoveram uma exposição sobre dengue e outras endemias, na entrada da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Ideal (zona leste). No primeiro Liraa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) de 2018, divulgado no início de fevereiro, o bairro apresentou o maior índice de infestação, com focos do mosquito em 50% dos imóveis vistoriados.
A cidade toda registrou um índice de 12,1%, ou seja, a cada 100 casas vistoriadas pelos agentes 12 continham focos positivos do mosquito. A moradora do bairro, Vera Lucia Molinari, ouviu atentamente as orientações das agentes. “Temos o maior cuidado com a dengue em casa, mas sinceramente, entre o mosquito e o escorpião, eu tenho muito mais medo do escorpião”, revela.