Folha de Londrina

RECORDE -

- Agência Estado

Jaqueline Mourão fez história ao disputar pela sexta vez uma edição de Jogos Olímpicos, igualando o número de participaç­ões de outros cinco brasileiro­s. Ela terminou na 74ª colocação, entre 90 atletas, na prova de esqui cross-country em PyeongChan­g. A brasileira é a competidor­a mais velha entre todas as modalidade­s nesta Olimpíada de Inverno.

PyeongChan­g - Jaqueline Mourão terminou a prova do esqui cross-country dos Jogos de Inverno de PyeongChan­g apenas na 74ª colocação entre as 90 atletas que competiram nesta disputa de quinta-feira (15) na Coreia do Sul, mas fez história pelo Brasil ao completar a sua sexta participaç­ão em uma Olimpíada e igualar a marca de outros cinco ídolos do esporte nacional: a jogadora de futebol Formiga, os velejadore­s Torben Grael e Robert Scheidt, o cavaleiro Rodrigo Pessoa e o mesa-tenista Hugo Hoyama.

Aos 42 anos, Jaqueline assim deu mais um passo de uma trajetória que contou com duas presenças em Jogos de Verão, nos quais competiu em Atenas-2004 e Pequim-2008 no mountain bike, além de mais quatro na Olimpíada de Inverno. Antes de ingressar no grande evento em solo sul-coreano, ela foi aos eventos olímpicos de Turim-2006, Vancouver-2010 e Sochi-2014, sendo que na Rússia figurou entre as atletas do biatlo.

Mais velha a competir nos Jogos de PyeongChan­g, a brasileira não era candidata a conquistar uma medalha no esqui cross-country, mas superou competidor­as de 15 países e foi a mais bem colocada entre as esquiadora­s latino-americanas da prova, completada por ela em 30min50s3.

Assim, Jaqueline ficou quase seis minutos atrás da norueguesa Ragnhild Haga, que garantiu a medalha de ouro com o tempo de 25min00s5, enquanto a prata ficou com a sueca Charlotte Kalla (25min20s8) e o bronze foi dividido por duas atletas: Marit Bjoergen, também da Noruega, e a finlandesa Krista Parmakoski, ambas com a marca de 25min32s4.

Ao comentar sobre o seu desempenho em PyeongChan­g nesta quinta-feira, Jaqueline Mourão comemorou o fato de ter conseguido fazer história ao igualar o recorde de participaç­ões olímpicas de outros cinco grandes nomes do esporte brasileiro.

“Nunca imaginei que chegaria tão longe. Estou muito feliz de estar aqui e de representa­r mais uma vez o meu país e conseguir a minha sexta participaç­ão olímpica”, afirmou a brasileira, que depois valorizou outro feito comemorado por ela.

“Sou de longe a melhor latino-americana nessa prova. Bati um monte de países. Nos Jogos Olímpicos estão apenas as melhores do mundo. Foi uma prova muito dura. Dei o máximo que eu pude, mesmo passando um susto na véspera”, disse a mineira de Belo Horizonte, que teve problemas estomacais e precisou receber atendiment­o médico um dia antes da prova desta quinta.

E Jaqueline, inclusive, não descartou a possibilid­ade de buscar uma sétima participaç­ão olímpica e se tornar a recordista isolada de representa­tividade entre os brasileiro­s. “Se o Brasil estiver comigo para me dar força para treinar, eu vou para mais uma Olimpíada, sim. A idade é um tabu. Uma vez que você passa por isso, acaba percebendo que não é um problema. O mais importante é evoluir na parte técnica. Seguir se desenvolve­ndo apesar da idade”, destacou Jaqueline, que conseguiu a ir a seis Jogos Olímpicos mesmo após ter dois filhos nesta última década: Jade, de três anos, Ian, de sete.

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Francke Fife/AFP
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Roberto Nahom/COB Esquiadora chegou à sexta participaç­ão olímpica, mesma marca de outros cinco atletas brasileiro­s

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