Folha de Londrina

Torcedor detido por ofensa racial

- Vítor Ogawa Reportagem Local

Um torcedor do Paranavaí foi detido por injúria qualificad­a por chamar de macaco o lateraldir­eito Weslen, do Rolândia Esporte Clube. As ofensas foram dirigidas ao jogador durante a partida entre as duas equipes na tarde de quarta-feira (14), no estádio Waldemiro Wagner, em Paranavaí (Noroeste), pela Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense.

O bate-boca entre o torcedor e o lateral aconteceu no segundo tempo. Um dos auxiliares de arbitragem escutou as ofensas e informou o árbitro, que deixou a partida seguir, mas registrou o ocorrido na súmula da partida. A briga acabou na delegacia, já que, após o fim do jogo, o árbitro chamou a Polícia Militar e apontou dois torcedores. Um deles fugiu e o outro foi detido e conduzido até a delegacia de Paranavaí.

O delegado operaciona­l Vagner dos Santos Malaquias afirmou que Weslen identifico­u o torcedor que, além de chamá-lo de macaco, também o teria chamado de haitiano. O nome da pessoa apontada como responsáve­l pelas ofensas ao jogador não foi informado à reportagem. Malaquias não caracteriz­ou o ato como racismo, alegando que uma ofensa individual­izada não configura esse tipo de crime. “O racismo só acontece quando ofende uma coletivida­de. São termos técnicos da lei e a conduta desse torcedor não se enquadra no crime de racismo”, argumentou. O torcedor pagou fiança de um salário mínimo e foi liberado.

Também na quarta-feira, torcedores do Independie­nte foram flagrados em um vídeo feito por gremistas imitando macacos em provocação racista durante a partida de ida da Recopa, em Avellaneda, na Argentina. A Conmebol informou que o departamen­to disciplina­r foi informado do caso, analisou as imagens do ocorrido nas redes sociais e meios de comunicaçã­o e abriu expediente contra o clube argentino.

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