Torcedor detido por ofensa racial
Um torcedor do Paranavaí foi detido por injúria qualificada por chamar de macaco o lateraldireito Weslen, do Rolândia Esporte Clube. As ofensas foram dirigidas ao jogador durante a partida entre as duas equipes na tarde de quarta-feira (14), no estádio Waldemiro Wagner, em Paranavaí (Noroeste), pela Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense.
O bate-boca entre o torcedor e o lateral aconteceu no segundo tempo. Um dos auxiliares de arbitragem escutou as ofensas e informou o árbitro, que deixou a partida seguir, mas registrou o ocorrido na súmula da partida. A briga acabou na delegacia, já que, após o fim do jogo, o árbitro chamou a Polícia Militar e apontou dois torcedores. Um deles fugiu e o outro foi detido e conduzido até a delegacia de Paranavaí.
O delegado operacional Vagner dos Santos Malaquias afirmou que Weslen identificou o torcedor que, além de chamá-lo de macaco, também o teria chamado de haitiano. O nome da pessoa apontada como responsável pelas ofensas ao jogador não foi informado à reportagem. Malaquias não caracterizou o ato como racismo, alegando que uma ofensa individualizada não configura esse tipo de crime. “O racismo só acontece quando ofende uma coletividade. São termos técnicos da lei e a conduta desse torcedor não se enquadra no crime de racismo”, argumentou. O torcedor pagou fiança de um salário mínimo e foi liberado.
Também na quarta-feira, torcedores do Independiente foram flagrados em um vídeo feito por gremistas imitando macacos em provocação racista durante a partida de ida da Recopa, em Avellaneda, na Argentina. A Conmebol informou que o departamento disciplinar foi informado do caso, analisou as imagens do ocorrido nas redes sociais e meios de comunicação e abriu expediente contra o clube argentino.