Folha de Londrina

Huck reafirma decisão de não concorrer à Presidênci­a

- Igor Gielow Folhapress São Paulo

- O apresentad­or Luciano Huck manteve sua decisão de não concorrer à Presidênci­a este ano. Ele deve fazer o anúncio formal nesta sexta (16). A manutenção da desistênci­a foi adiantada pelo site “O Antagonist­a” na tarde desta quinta (15) e confirmada por sua assessoria.

Nas últimas semanas, a condenação por corrupção em segunda instância e virtual inelegibil­idade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recolocara­m o nome do apresentad­or da Rede Globo no jogo. A análise de números de perfil do eleitor permitia antever que boa parte de quem vota no petista poderia ser abocanhada por Huck.

Além disso, o fraco desempenho e os diversos problemas de largada na pré-campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) animaram aliados do tucano a especular mais firmemente sobre o apoio a Huck. As conversas chegaram ao DEM, que depois fez questão de negar e defender candidatur­a própria, e ao PSD de Gilberto Kassab.

Antes do Carnaval, ele havia feito uma nova rodada de conversas com seus conselheir­os, em especial o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que é o mentor intelectua­l da hipótese Huck.

Pressionad­o pela Rede Globo a se definir, já que a emissora teme a já corrente associação entre uma candidatur­a do apresentad­or e seu nome, Huck prometera dar uma resposta depois do feriado.

JATINHO

Segundo interlocut­ores do apresentad­or, a Globo foi central para a tomada de decisão. No horizonte próximo de Huck está o espaço hoje ocupado aos domingos por Fausto Silva, o maior salário de TV aberta brasileiro.

Além da questão da perda de fontes de renda, pesou na decisão o óbvio escrutínio a que Huck seria submetido na campanha. No feriado, emergiu o fato de que ele usou uma linha do BNDES para comprar seu jatinho em 2013, caso em que não havia irregulari­dade formal apontada.

O que deixava seus aliados mais preocupado­s, contudo, era a associação de Huck com o empresário Alexandre Accioly, amigo íntimo e ex-sócio dele em uma rede de academias. Accioly, muito próximo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), já é investigad­o pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

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