OMS divulga novas recomendações para o parto natural
A Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou nesta quinta-feira (15) novas recomendações para garantir que grávidas saudáveis tenham uma experiência positiva na hora do parto natural. O principal objetivo é “reduzir intervenções médicas desnecessárias”. A agência pede que nem a ocitocina nem fluídos intravenosos sejam aplicados para estimular contrações.
Segundo a OMS, a checagem da dilatação deve acontecer a cada quatro horas na primeira fase do parto, isso para mulheres com gravidez de baixo risco. Em relação ao controle da dor, a OMS pede que a anestesia peridural ou o uso de opioides sejam aplicados quando mulheres saudáveis pedirem esse tipo de intervenção.
A agência recomenda ainda várias técnicas para o alívio da dor durante o trabalho de parto, como relaxamento muscular, música ambiente, técnicas de respiração, massagem e aplicação de bolsas de água quente. Mas isso tudo deve ser feito apenas a pedido da grávida. Além disso, se o trabalho de parto estiver ocorrendo sem problemas, a mulher deve ser estimulada a caminhar e até a receber líquidos e alimentos.
Segundo a OMS, cerca de 140 milhões de nascimentos ocorrem por ano, a maioria sem complicações para mulheres e bebês. Mas nos últimos 20 anos, os profissionais de saúde “aumentaram o uso de intervenções que antes eram utilizadas apenas para reduzir riscos ou tratar complicações”.
Com as novas orientações, a OMS busca reverter essa situação, visando inclusive reduzir o número de cesarianas. Após o nascimento, a OMS pede que os recém-nascidos sem complicações façam o contato pele a pele com a mãe na primeira hora após o nascimento, para prevenir hipotermia e para estimular o aleitamento. O banho deve dado apenas 24 horas após o nascimento.