Folha de Londrina

Trump culpa saúde mental por tiroteio em Parkland

- Estelita Hass Carazzai Folhapress

- Em seu primeiro pronunciam­ento após o tiroteio que deixou 17 mortos numa escola da Flórida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou nesta quinta (15) que quer atacar a questão da saúde mental, a fim de evitar novos atentados em escolas norte-americanas.

“Nenhuma criança ou aluno deveria estar em perigo em uma escola americana”, afirmou Trump, que pediu que as vítimas e suas famílias respondam aos ataques com amor e bondade e conversem entre si.

Em nenhum momento, Trump mencionou o controle da venda e do porte de armas nos EUA. A cada novo tiroteio no país, a discussão sobre a restrição do acesso a armamentos ganha força.

Ao enfatizar a necessidad­e de incrementa­r as iniciativa­s ligadas à saúde mental dos americanos, o republican­o repisa o discurso adotado após o tiroteio em uma igreja do Texas, em novembro passado, quando afirmou que o massacre, que deixou 26 mortos, não tinha a ver com armas, mas com um problema agudo de saúde mental.

O raciocínio de Trump foi replicado pelo governador da Flórida, Rick Scott, também republican­o. “Acima de tudo, pessoas que têm problemas mentais jamais deveriam ter acesso a uma arma”, afirmou Scott, nesta quinta (15). Para ele, é necessário investir em saúde mental nas escolas, por meio do financiame­nto de conselheir­os e psicólogos.

Políticos que lutam pelo controle mais estrito de armas nos Estados Unidos começaram ainda na quarta (14) a pedir por um debate sobre o tema.”Essa epidemia de massacres em massa, de tiroteios após tiroteios, não acontece em qualquer outro lugar do mundo, a não ser nos Estados Unidos”, afirmou o senador democrata Chris Murphy, de Connecticu­t. “Não é uma coincidênc­ia, não é falta de sorte, mas é uma consequênc­ia da nossa inação.”

O republican­o Paul Ryan, presidente da Câmara, rebateu que esse não é o momento de tomar posições e de brigar politicame­nte, mas sim de união. Ele afirmou que a Câmara já aprovou, após o massacre em Las Vegas que deixou 58 mortos em outubro passado, uma lei que aprimora a checagem de segurança de potenciais compradore­s de armas. A legislação, porém, ainda não foi votada no Senado.

Washington, EUA apagadas.

Adotado ainda pequeno com o irmão biológico, Cruz perdeu a mãe há três meses, morta após contrair uma pneumonia. Lynda Cruz criara as crianças praticamen­te sozinha, depois que o marido morreu há 13 anos. Atualmente, ele e o irmão estavam sob os cuidados de amigos da família.

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