Abertura de mercados garante recorde no ano
Açúcar exportado por Londrina foi para Argélia, Canadá, Egito, Geórgia, Iraque, Malásia, Quênia e Venezuela
Aconquista de novos mercados foi o principal motor do crescimento das exportações a partir de Londrina no ano passado. O valor foi recorde, US$ 1,089 bilhão, 28,5% acima do teto anterior de US$ 848 milhões, de 2015. E soja em grão ou farelo, café e açúcar representaram 83,5% de tudo o que foi vendido para o exterior em 2017 na cidade, conforme o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços).
O principal exemplo é o açúcar, cujo valor de comércio cresceu 192% em 2017 e fechou em US$ 58 milhões. “No ano passado foi vendido açúcar para Argélia, Canadá, Egito, Geórgia, Iraque, Malásia, Quênia e Venezuela, mas em 2016 havia sido apenas para Argélia, Canadá e Malásia”, conta o analista econômico Evânio Felippe, da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).
O café em extrato, que passa pela indústria, também contou com o crescimento na Ásia para ter uma leve alta, de 1,6%, e valor total de US$ 205 milhões em 2017. O Vietnã, por exemplo, que havia “testado” o produto ao importar US$ 26 mil de Londrina em 2016, atingiu a marca de US$ 2,2 milhões. “No Paraná, de forma geral, temos percebido que o câmbio tem favorecido as exportações e que as empresas, principalmente as indústrias, sentiram essa necessidade de buscar novos mercados”, afirma Felippe.
A Rumo Logística, que faz o transporte ferroviário de cargas, confirma o aumento. “Na região de Londrina, a Rumo transportou em 2016 pouco mais de 3,9 milhões de toneladas. Já em 2017 esse número avançou para mais de 4,2 milhões de toneladas, considerando origem e destino”, informa a empresa, via assessoria de imprensa. Os principais produtos foram agrícolas e é esperado novo aumento diante das estimativas de boa produção na safra 2017/18. região do Caribe, onde conseguimos novos clientes e fortalecemos a relação com outros”, diz o diretor da Rondopar, Ary Sudan.
A expectativa para 2018 é de ampliar a receita em vendas externas em 10%. Para o Quem opera no comércio exterior ganha uma dimensão maior do mercado e se prepara melhor para atuar também no mercado interno.”
A Atlas Schindler é outro exemplo industrial com alta
INDUSTRIALIZADOS A fábrica londrinense de baterias automotivas Rondopar registrou alta de 30% nas exportações em 2017 ante 2016. “Fizemos um trabalho para chegar a outros mercados da América do Sul e da
milhões em 2017.
O diretor industrial e de supply chain da Atlas Schindler, José Julio Pereira, afirma que a unidade londrinense produz quatro linhas de elevadores vendidos ao exterior e funciona também como plataforma de exportações para o Grupo Schindler. “Aspectos como a localização geográfica, estratégica pela proximidade com o corredor de exportação do Porto de Paranaguá e com a cidade de São Paulo, a viabilidade de formação de uma cadeia de fornecedores qualificada em regiões próximas ao parque fabril e, sem dúvida, a qualidade da mão de obra e a presença de universidades produtoras de conhecimento e inovação são fatores que devem ser mencionados”, diz Pereira.
Quem opera no comércio exterior se prepara melhor para atuar também no mercado interno”