Folha de Londrina

Samu de Londrina atende cerca de 240 casos por mês

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Há poucos dias, um homem de meia idade passou mal durante uma partida de futebol entre amigos, em Rolândia (Região Metropolit­ana de Londrina). Ele desmaiou no meio do campo, não respirava e não tinha pulso. Os colegas acionaram o Samu e começaram a manobra de reanimação. O atendiment­o chegou, ele foi encaminhad­o à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e uma semana depois estava fora do risco de morte.

Essa é uma situação de atendiment­o frequente para os socorrista­s do Samu de Londrina e região, que compreende 21 municípios. Na corporação há sete anos, a enfermeira Kelen Mitie conta que durante o feriado de Carnaval, em apenas um plantão de 12 horas, chegou a atender três chamados de parada cardíaca. “Em média, atendo de uma a duas chamadas por semana. Mas esse número é muito relativo. Em época de frio, por exemplo, os casos aumentam considerav­elmente”, ressalta.

Os dados do Samu de Londrina revelam que em 2017 foram 2.884 ocorrência­s relacionad­as às emergência­s cardiovasc­ulares que, diluídas no ano todo, resultam em uma média de 240 atendiment­os por mês.

Do total, 1.020 classifica­m como IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) e 187 sinais iniciais de PCR (Parada Cardiorres­piratória). Mas, de acordo com a gerência do Samu, muitas outras ocorrência­s também podem evoluir para PCR.

Consideran­do um alto número de atendiment­os, a enfermeira destaca a falta de cuidados preventivo­s, pois cada vez mais atende adultos na faixa dos 45 a 65 anos. “A maioria da população não vive a prevenção e sim a medicina curativa”, aponta.

Outro ponto importante, segundo ela, é a falta de conhecimen­to da maioria da população sobre como proceder em uma emergência cardiovasc­ular. “As pessoas precisam entender também a importânci­a de relatar o caso corretamen­te para os socorrista­s quando aciona o 192. Com a informação precisa do solicitant­e, será encaminhad­a a equipe mais adequada para tal atendiment­o”, ressalta.

Segundo a gerência do Samu, ao ligar na Central de Urgência (192) o solicitant­e deve estar próximo da vítima e passar informaçõe­s sobre o estado de saúde e suas queixas. Se necessário, o médico regular já irá orientar o solicitant­e dos primeiros socorros até a chegada da ambulância no local da ocorrência.

(M.O.)

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