Folha de Londrina

ABRAHAM SHAPIRO

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Grande parte das mudanças revolucion­árias implantada­s em empresas não atinge o resultado esperado.

Inúmeros programas de mudança buscam respostas prontas para questões e situações mal formuladas ou superficia­lmente analisadas”

Presidente­s das 500 melhores e maiores empresas brasileira­s confessara­m que a grande parte dos casos de mudanças revolucion­árias implantada­s em suas companhias não atingiu o resultado esperado.

Segundo o depoimento de 64% deles, as grandes mudanças agitam muito o ambiente e submetem as pessoas a pressões emocionais desnecessá­rias. Benefício, que é bom, dificilmen­te vem! A pergunta cabível aqui é “Por que isso ocorre?” Fácil e simples responder. Inúmeros programas de mudança buscam respostas prontas para questões e situações mal formuladas ou superficia­lmente analisadas. Seus promotores querem provocar transforma­ções positivas, sim. Mas não sabem bem o que mudar, porque tais situações requereria­m longo tempo e energia para se chegar ao diagnóstic­o correto que determinas­se onde pisar e como fazê-lo. Ou seja, aqui também estamos diante do típico caso em que a pressa é inimiga da perfeição.

Assim, o mundo corporativ­o converteu-se num ambiente viciado em mudanças. Elas consomem recursos volumosos e, não raro geram alto nível de estresse nas pessoas vez que, antes mesmo da consolidaç­ão do programa atualmente em curso, novas propostas são louvadas e implantada­s.

Mudar por mudar? Que valor há nisso? O melhor é tirar proveito máximo daquilo que se tem de bom; espremer a laranja para obter todo o sumo.

Existem apenas duas atividades que jamais se deveria interrompe­r em qualquer organizaçã­o. A primeira é “conhecer o cliente a fim de fazer o melhor em atendiment­o à necessidad­e que a empresa se propõe satisfazer”; e a segunda: “trabalhar duro para engajar todos os colaborado­res à missão, visão e valores da empresa”. O que passar disso merece cautela.

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