Folha de Londrina

Empresário envolvido na ZR3 diz ter casa invadida

- Vitor Struck

Um dos 13 investigad­os na operação ZR3, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em Londrina, o empresário Homero Wagner Fronja relatou à polícia ter tido a casa invadida no último final de semana. Segundo o advogado dele, Nelson Águila, dois homens entraram na residência onde o empresário mora com a esposa e os pais, na região leste.

Os dois homens não usavam máscaras e estavam armados com pistolas. Um terceiro suspeito os orientava pelo telefone do lado de fora da residência. O caso, que está aos cuidados do Ministério Público desde a manhã desta segunda-feira (19), chama a atenção porque segundo o advogado do empresário, os bandidos buscaram, por cerca de duas horas, documentos e dinheiro que, segundo o terceiro envolvido, estaria enterrado no quintal.

“Força ele pra falar, porque o dinheiro tá ai, ele tá segurando o dinheiro que nem é dele”. A frase, repassada pela família da vítima, foi incluída no boletim de ocorrência confeccion­ado no local pela Polícia Militar.

Na busca pela suposta remessa de dinheiro e documentos, o empresário do setor imobiliári­o acabou sendo agredido diversas vezes com chutes, segundo a defesa. Em seguida, por volta de 23h do sábado (17), os bandidos deixaram a residência numa caminhonet­e que pertence ao empresário sem a quantia em questão, mas levando três televisore­s, celulares e joias. O carro foi encontrado pela Polícia Militar na mesma noite ainda com alguns destes objetos.

A defesa de Wagner não comentou sobre uma possível ligação do fato com o envolvimen­to de Fronja nos crimes investigad­os na operação ZR3.

“Levamos ao conhecimen­to do Gaeco, eles estão desenvolve­ndo diligência­s pra buscar a autoria do crime(...) É estranho porque no primeiro dia, quando deflagrou a operação, os documentos mais importante­s já haviam sido levados pela polícia”, afirmou a defesa. Durante a tarde desta segunda-feira (19) a reportagem ligou diversas vezes no MP mas não conseguiu contato com o delegado Alan Flore.

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