Protestos contra reforma da Previdência têm baixa adesão
Mantivemos o ato para esclarecer sobre o que essa reforma trará para o trabalhador”
As principais centrais sindicais do País convocaram para esta segunda-feira (19), um dia de paralisações em todo o País para protestar contra a reforma da Previdência. Em São Paulo, durante a manhã, manifestantes da CUT e CTB fecharam trechos das rodovias Regis Bittencourt, no Km 274, e Dutra, no Km 214, liberadas por volta das 8h.Professores da rede municipal da capital paulista também aderiram à paralisação e algumas escolas ficaram sem aula nesta segunda.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, as centrais definiram uma estratégia de intensificar as ações nas ruas e nas redes sociais. “Nossa luta é para enterrar de vez a reforma da Previdência”, afirmou. Logo no início da manhã, manifestantes da CTB, Intersindical e CPSConlutas ocuparam o saguão principal do aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital.
Em Curitiba, houve panfletagem pela manhã no Terminal Rodoviário Guadalupe e em frente do prédio do INSS, ambos no Centro da cidade. De lá, os manifestantes seguiram em caminhada até a Boca Maldita, onde participaram de uma “aula pública” sobre a reforma da Previdência. Os atos foram organizados pelo APP-Sindicato, que representa os professores da rede estadual de ensino, e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado. À tarde, a panfletagem foi durante a sessão da Assembleia Legislativa do Paraná.
Segundo os sindicatos, também foram realizados atos em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e em São Mateus do Sul, no Sul do estado. Em Araucária, o protesto foi na Refinaria Presidente Getúlio Vargas, e em São Mateus do Sul o expediente da Usina do Xisto foi atrasado em uma hora pela manhã. Para hoje e amanhã estão programados atos contra a reforma da Previdência nas unidades da Petrobras em Santa Catarina.
Em Londrina, o ato contra a reforma da Previdência ocorreu no Centro Cívico, no início da noite, às 18h30, convocado pelo Coletivo de Sindicatos de Londrina e o Coletivo Mobiliza Londrina. O presidente do Sindicato dos Eletricitários do Norte do Paraná, Sandro Ruhnke, explicou que a data foi escolhida para o protesto porque foi anunciada como provável votação da reforma, no início do ano. “Inicialmente, prevíamos uma greve geral, mas, devido à intervenção militar no Rio de Janeiro, mantivemos o ato para esclarecer as pessoas sobre o que essa reforma trará para o trabalhador.”
Mais cedo, o MST (Movimento Sem Terra) ocupou a praça de pedágio da BR-369, em Arapongas, durante a manhã, também em protesto contra a Reforma da Previdência.