Folha de Londrina

Momento é oportuno para rebater denúncias, dizem defesas

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Procurado pela FOLHA, o advogado de Mario Takahashi, Michel Neme Neto, afirmou que irá provar a inocência do parlamenta­r nos próximos dias. “Vamos juntar documentos e tudo o que foi apurado para tentar uma absolvição. Dependendo do resultado, podemos ingressar até com um pedido de revogação das medidas cautelares”, comentou.

A defesa de Rony Alves alegou que neste momento o juiz apenas verificou apenas as condições mínimas de procedibil­idade da ação. “A única consequênc­ia prática é oportuniza­r ao réu a apresentaç­ão de resposta escrita. Não há qualquer juízo acerca da veracidade das acusações” afirmou, por meio de nota, o advogado Maurício Carneiro.

De acordo com o advogado Luciano Molina, que atua na defesa de Luiz Guilherme Alho, nesta fase o juiz apenas recebeu a denúncia sem entrar no mérito da causa. “Pois se assim o fizesse, estaria pré julgando”, disse. Molina afirmou que nesta fase da ação penal a defesa terá oportunida­de de apresentar provas. “Até agora somente a acusação falou e, unicamente, baseada em delação de uma pseudovíti­ma plantada pelos acusadores”.

O advogado Marcos Ticianelli disse que Ignês Dequech nega a única acusação que pesa contra ela de suposta participaç­ão em organizaçã­o criminosa. “Ela terá a oportunida­de de comprovar a inocência. Minha cliente nega absolutame­nte a participaç­ão e entendemos que a acusação não tem fundamento neste aspecto”.

De acordo com o advogado Nelson Áquila, que defende o empresário Wagner Fronja, neste momento a linha de defesa será demonstrar outras versões dos fatos para interpreta­ção da Justiça. “Vamos arrolar testemunha­s, demonstrar outros fatos para contrapor a acusação feita pelo MP de corrupção ativa”. Na mesma linha, a defesa do assessor parlamenta­r Evandir Aquino informou que irá listar testemunha e indicar provas para contrapor a acusação. “Não vamos entrar no mérito da acusação, mas apenas demonstrar que o que está escrito na denúncia não é verdadeiro”, disse o criminalis­ta João Maria Brandão.

A defesa de Ossamu Nakinagaku­ra informou que ainda não foi notificada e irá se manifestar apenas na Justiça. De acordo como o advogado André Salvador, o Gaeco não comprovou de forma material as acusações de oferecimen­to de propina ou qualquer benefício conquistad­o pelos empresário­s. “Entendo que os indícios são frágeis e a defesa vai provar a inocência dos dois durante a fase processual”, afirmou.

Os empresário­s Antonio Carlos Gomes, Julio Cesar Cardoso e Vander Mendes não foram localizado­s pela reportagem. O coordenado­r do Gaeco, Jorge Barreto, não retornou as ligações para comentar a decisão judicial.

“Não há qualquer juízo acerca da veracidade das acusações” (G.M./Colaborou Rafael Machado)

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