Folha de Londrina

SINAL AMARELO

Com apenas duas vitórias em oito jogos, desempenho do LEC no início da temporada é o pior desde 2012

- Vítor Ogawa Reportagem Local

OLondrina igualou seu pior início de temporada desde 2011, quando a empresa SM Sports assumiu a gestão do departamen­to de futebol do clube. Em oito jogos oficiais realizados neste ano, o time somou duas vitórias, três empates e três derrotas, números idênticos aos obtidos na largada de 2012. Naquele ano, o Campeonato Paranaense foi a única competição que o LEC disputou - terminou em quinto lugar e não obteve vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Também não disputou a Copa do Brasil.

Em 2018, o time marcou até agora nove gols e sofreu 11. Apesar das muitas contrataçõ­es, os que fizeram gols são todos jogadores que já estavam no Londrina no ano passado ou que retornaram agora. Carlos Henrique fez quatro, Germano marcou dois e Keirrison, Luizão e Anderson anotaram um cada.

Ao desperdiça­r um pênalti e ser expulso na derrota em casa por 2 a 1 para o Ceará na quarta-feira (21), o capitão Germano foi um dos mais criticados pela desclassif­icação na Copa do Brasil. O volante lembrou que no ano passado teve uma regularida­de grande na conversão de cobranças de pênaltis.

“Diariament­e, a gente tem treinado as cobranças e eu não posso fugir dessa responsabi­lidade, porque custou caro naquela altura do jogo. Foi um momento em que podíamos abrir 2 a 0. Assumo totalmente a responsabi­lidade disso tudo, não só de ter errado, mas também o fato da expulsão”, afirmou. “Eu sei do peso que foi errar o pênalti e sei do peso que foi a minha expulsão. Não adianta fugir de uma responsabi­lidade como essa. Eu sou um ser humano. Acabo errando. Não foi uma noite tão boa. Peço desculpas à torcida e agora é continuar trabalhand­o, mas temos que saber lidar com isso e é trabalhand­o que a gente vai sair dessa situação”, projetou.

O técnico Ricardinho lamentou o fato de o clube não conseguir cumprir as metas de início de temporada – se classifica­r para os mata-matas da Primeira Taça do Campeonato Paranaense e avançar na Copa do Brasil. “É importante passar para os torcedores que estamos chateados, porque fizemos um planejamen­to no início do ano, mas infelizmen­te os resultados não acontecera­m, principalm­ente nos últimos três jogos”, apontou.

Ele admitiu que, se o time quiser alcançar objetivos maiores, é preciso rever alguns conceitos. “Senão, todas as vezes vamos responder as mesmas coisas. Tudo tem um limite”, destacou.

O próximo jogo do Londrina será contra o Prudentópo­lis, pela primeira rodada da Segunda Taça do Campeonato Paranaense, em 4 de março. Sobre a possibilid­ade de novas contrataçõ­es, Ricardinho afirmou que qualquer tipo de colocação é prematura. “Cabe uma análise de uma maneira mais tranquila. Se tiver que mudar, qualquer tipo de situação é possível”, disse o comandante. O globoespor­te.com noticiou que um dos possíveis reforços é o lateral esquerdo César, do Atlético-MG. A assessoria do clube mineiro confirmou ao site que o jogador vem a Londrina para realizar exames médicos.

Logo após a derrota para o Ceará, o gestor Sérgio Malucelli chegou a demitir toda a comissão técnica. Mas, depois de conversar com o presidente do Londrina, Cláudio Canuto, e com o próprio Ricardinho, mudou de ideia. “Ele me explicou, ponderou. Eu cheguei à conclusão de que errei com o Ricardinho em não comunicar a decisão pessoalmen­te. Ele é um cara sensaciona­l”, apontou Malucelli, em entrevista à rádio Paiquerê AM. A demissão ficou restrita ao preparador físico George Castilhos, que havia sido contratado por sugestão de Ricardinho.

“Acertei a saída só do preparador físico, mas alguns jogadores não vão continuar. O Ítalo já saiu e vão sair mais cinco, mas preciso ter os jogadores para substituil­os antes de divulgar os que vão sair. Tem jogador que está entrando em campo e não está nem molhando a camisa”, argumentou o gestor. “Vamos brigar este ano para subir para a Série A. Se o Londrina não subir até 2020, eu entrego o time”, ameaçou.

A desclassif­icação na Copa do Brasil será bastante sentida no bolso: caso o Londrina avançasse para a próxima fase, a cota seria de R$ 1,4 milhão - com os descontos, o clube receberia R$ 1,26 milhão.

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Germano diz assumir “responsabi­lidade” pelo pênalti perdido e pela expulsão diante do Ceará

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