CLÁUDIO HUMBERTO
Projeto que proíbe contingenciar verbas para segurança pública será votado no Senado
Intervenção ainda ignora denúncia de ministro
Uma semana depois da intervenção decretada na segurança pública do Rio de Janeiro, não foram deflagradas investigações da denúncia do ministro da Justiça, Torquato Jardim, de que comandantes da Polícia Militar foram indicados pelo crime organizado em articulação com deputados estaduais ligados ao tráfico. A denúncia provocou reações no governo fluminense e na PM do Rio, mas jamais foi investigada.
Cabeças não rolaram
Na PM havia a expectativa que já nesta semana rolariam cabeças de oficiais de sabidas ligações a políticos suspeitos de ligação ao tráfico.
Limpeza necessária
Especialistas em segurança alertam que uma ofensiva contra o crime deve começar pela “limpeza” das polícias Civil e Militar.
Assunto incômodo
A denúncia de Torquato Jardim incomoda até o próprio Ministério da Justiça, que até o fechamento desta edição não comentou o caso.
Planejamento
O Comando Militar do Leste, onde se concentra o trabalho do interventor, as coisa ainda estão em “fase de planejamento”.
Verbas para o Rio sairão das emendas de bancada
O clima anda tenso entre coordenadores de bancadas estaduais com a expectativa de iminente projeto de lei do Congresso ou de medida provisória liberando recursos para a segurança do Rio de Janeiro. A chiadeira já é grande porque quase todos os Estados clamam por ajuda federal para enfrentar criminalidade ainda mais grave. Para piorar, os recursos podem ser retirados das emendas coletivas de bancada.
Tesourada profunda
Sem previsão no orçamento 2018, o dinheiro para o Rio deve ser retirado das emendas de bancada. A tesourada será profunda.
Cofres vazios
Ao decretar a intervenção, Temer estava ciente de que os recursos necessários sairiam do próprio governo fluminense. Era lorota.
Intervenção é cirurgia de alto risco”
Almir Pazzianotto, jurista, para quem, “aberto o peito do paciente, não há como retroceder”