EXCESSO DE TECNOLOGIA
O uso indiscriminado de smartphone, tablet ou computador por crianças pode trazer problemas físicos e emocionais. Como prevenção, o casal Cassiana e Rafael Martins estipula regras e limites para os filhos Bruno, 8, e Arthur, 7
A família Zamberlan Martins, de Londrina, é um bom exemplo de como a disciplina e a conscientização são significativos para educar as crianças no uso da tecnologia. Pais de dois filhos, Bruno, 7, e Arthur, 8, a dentista Cassiana Zamberlan Martins e o empresário Rafael Martins estipulam horário e tempo para que os meninos possam jogar videogame, brincar no celular e ver vídeos no YouTube.
Sempre no final da tarde, e somente depois de fazerem as tarefas escolares e outras atividades da rotina, é que os meninos podem ter acesso às ferramentas durante uma hora. “É preciso equilíbrio. A ideia com isso é que eles cresçam cientes de que existem regras e limites, e que é legal fazer outras coisas que não são restritas ao telefone”, explicam os pais. “Não ‘podamos’ totalmente, pois ao contrário ficariam alienados. A tecnologia é necessária, porém tem que saber usar.”
O casal conta que os filhos começaram a se conectar ao celular e tablet entre os três e quatro anos. Desde então, os pais buscam orientação com psicólogos e profissionais da educação. “É exaustivo, pois todos os dias eles nos testam para ver se liberamos mais. Tem vez que é preciso deixar de castigo. No geral eles entendem e sabem isso é importante.”
O casal também tem preocupação com o conteúdo. “Estamos sempre verificando e controlando o que eles acessam. Se algo não condiz com a idade deles já ‘cortamos’. Ajustamos a configuração para a navegação de crianças”, relatam. Segundo os pais, a conversa é o outro caminho. “Eles nasceram na era digital. Então, sempre explicamos e incentivamos para brincarem na rua e gastarem energia com outras atividades.”
(P.M.)