O que dizem os citados
Anderson Mariano, responsável pela defesa do vereador afastado Mário Takahashi, afirma que estão tentando incriminar a atividade política do vereador, em conversas com os empresários. “Não tem nada de duvidoso, não tem prova, nada que Takahashi solicitou ou exigiu. O conjunto probatório está muito fraco, o que tem é a palavra de uma pessoa, o primo de Junior Zampar (Carlos Eduardo Zampar), que, em seguida, disse que não se recordava mais, era ele quem conhecia o Takahashi”, disse o advogado.
Rodrigo Antunes, advogado do ex-secretário do Ambiente, Cleuber Brito, afirmou que vai requerer ao juiz a exclusão de seu cliente do processo “por entender que falta justa causa para o andamento da ação penal, tendo em vista que não é imputado qualquer ato de corrupção contra ele”.
Para Marcos Ticianelli, que defende a ex-presidente do Ippul, Ignês Dequech, a menção a ela é muito vaga. “Nós entendemos que na denúncia não existe uma descrição exata ou completa, algo que realmente possa conduzir ao entendimento de que ela possa ter participado desta organização criminosa.”
O advogado Gabriel Bertin não quis adiantar sua estratégia de defesa para o servidor municipal Ossamu Kaminagakura. “Nós já temos algumas linhas de defesa, mas só vamos falar delas no final. Em linhas gerais, entendemos que ele não praticou esses crimes, tanto de Organização Criminosa quanto de Corrupção Passiva.”
O advogado Luciano Menezes Molina, que defende Luiz Guilherme Alho, disse que não há quem afirme que Alho tenha pago ou exigido alguma vantagem. “A única coisa que esta pseudovítima alega é a comparação do preço. Ora, então ele teria corrompido vereadores do Brasil inteiro?”, questionou.
A reportagem tentou contato também com a defesa do vereador Rony Alves (PTB), mas o advogado Maurício Carneiro não atendeu o celular. As defesas dos empresários também negam as acusações. Nenhum réu ainda foi citado pela Justiça para apresentar a defesa preliminar. A partir da citação terão dez dias para apresentar defesa prévia.