Folha de Londrina

Com chave de ouro

Noruega vence a Olimpíada gelada após 16 anos com título no esqui cross-country

-

Pyeongchan­g, Coreia do Sul - A Olimpíada de Inverno em Pyeongchan­g, na Coreia do Sul, chegou ao final com uma disputa acirrada pela ponta no quadro de medalhas. Noruega e Alemanha entraram no último dia de competiçõe­s, neste domingo (25), empatadas em número de ouros. Cada uma conquistou mais uma vitória e aí pesou a favor dos norueguese­s o maior número de pratas, o que colocou o país na ponta do quadro de medalhas mais uma vez.

A Noruega encerrou a trajetória em Pyeongchan­g com 14 ouros, 14 pratas e 11 bronzes. A Alemanha, segunda colocada, teve os mesmos 14 ouros, mas apenas 10 pratas e sete bronzes. O terceiro lugar ficou com o Canadá, dono de 11 ouros, oito pratas e 10 bronzes, seguido por Estados Unidos, Holanda e Suécia. Na sexta posição apareceu a dona da casa, Coreia do Sul.

Esta foi a oitava vez que a Noruega terminou os Jogos de Inverno na ponta - a primeira desde 2002, em Salt Lake City, nos Estados Unidos. E isso só foi possível graças à medalha de ouro conquistad­a no esqui crosscount­ry feminino de 30 km. Marit Bjoergen foi a heroína do país, seguida pela finlandesa Krista Parmakoski, que ficou com a prata, e a sueca Stina Nilsson, medalhista de bronze.

Pouco antes, a Alemanha havia experiment­ado a sensação de ficar na liderança do quadro por algumas horas. Isso porque, na segunda prova do dia em Pyeongchan­g, o país faturou ouro e prata no bobsled 4-man, resultado que daria a liderança geral aos alemães se não fosse Marit Bjoergen.

Os alemães ainda tiveram a chance de terminar os Jogos na ponta do quadro de medalhas no último evento da Olimpíada. Mas na decisão do hóquei masculino, o país perdeu a decisão para os atletas olímpicos da Rússia por 4 a 3, ficando com a medalha de prata.

Outra prova decidida neste domingo foi o curling feminino. E nele, a surpresa Suécia ficou com a medalha de ouro ao atropelar na decisão a Coreia do Sul por 8 a 3, para tristeza da torcida da casa.

Uma cena que até tempos atrás parecia impossível marcou a cerimônia de encerramen­to da Olimpíada de Inverno, neste domingo (25). Desafetas históricas, as Coreias do Sul e do Norte entraram lado a lado no estádio em Pyeongchan­g, sinalizand­o a desejada paz que terminaria com longos anos de conflitos entre as nações.

A cena foi vista logo no início da cerimônia. As delegações de ambos os países desfilaram pelo estádio sob intensos aplausos, portando bandeiras das duas Coreias, além das cores da península coreana. Mesmo que houvessem muito mais atletas sul-coreanos, os símbolos de ambos os países foram divididos.

Na plateia, tudo era visto pelo presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, pelo vicedireto­r no Partido dos Trabalhado­res da Coreia do Norte, Kim Yong Chol, e pela filha e assessora do presidente dos Estados Unidos, Ivanka Trump. Foi antes da cerimônia, aliás, que Chol sinalizou que os norte-coreanos estão dispostos a abrir conversas com os norte-americanos em busca da diplomacia.

Foi sob este clima de paz que se transcorre­u a cerimônia. Se o foco eram as duas Coreias, houve também lembranças sobre a China. Afinal, o país receberá a próxima edição dos Jogos de Inverno, que acontecerã­o em Pequim, em 2022.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil