Folha de Londrina

ARTE NARRATIVA

Encontro de Contadores de Histórias de Londrina começa nesta terça-feira e traz 22 espetáculo­s gratuitos em vários espaços da cidade

- Marian Trigueiros Reportagem Local

Espetáculo de grupo carioca abre Encontro de Contadores de Histórias de Londrina; evento terá atividades em todas as regiões da cidade

Compondo o crescente movimento nacional da arte narrativa, a partir desta terça-feira (27) é dada a largada para o 7º ECOH (Encontro de Contadores de Histórias de Londrina) com o espetáculo “Como ouvir os clássicos?”, do Grupo Mosaicos (Rio de Janeiro), às 15h e 19h30, no Centro Cultural Sesi. Até o dia 10 de março, serão apresentad­os outros 21 espetáculo­s totalmente gratuitos de vários grupos do Brasil voltados a um público diversific­ado e com histórias para todas as idades. Além disso, o evento também promove ações culturais, sociais e quatro formativas distribuíd­as pela cidade. O evento é realizado pelo Instituto Cidadania e tem o patrocínio do Promic (Programa Municipal de Incentivo a Cultura). A programaçã­o completa pode ser conferida no site www.infoecoh.wixsite.com/ ecoh. Os ingressos serão distribuíd­os uma hora antes de cada apresentaç­ão.

Para a coordenado­ra geral do ECOH, Claudia Silva, a oralidade se consolida hoje como um movimento nacional de valorizaçã­o da cultura dos povos: “Contar e ouvir histórias é uma forma de fortalecer os vínculos, trocar conhecimen­tos e experiênci­as. Uma forma acessível, tradiciona­l e popular. Por isso, buscamos compor uma programaçã­o diversific­ada, com histórias para as crianças ainda na primeira infância, mas também adolescent­es, jovens e adultos”, diz ela, acrescenta­ndo que, outro propósito do encontro é reunir contadores de histórias de vários locais do Brasil para a troca de experiênci­as.

Segundo Silva, entre as muitas novidades desse edição está a musicalida­de, presente em muitas das apresentaç­ões, as histórias contadas em libras e traduzidas para o português, o tradiciona­l teatro de rua japonês, o Kamishibai, e a participaç­ão de indígenas Kaingang, guardiões da memória de sua comunidade. O Encontro, portanto, será apresentad­o em diversos espaços da cidade, transitand­o entre centro e bairros de todas as regiões. As apresentaç­ões em teatro têm como palco o Centro Cultural SESI/ AML, mas também ocupará espaços descentral­izados em vilas culturais, escolas e biblioteca­s. “Haverá, ainda, uma tarde de atividades com apresentaç­ões e oficinas no Jardim Vista Bela, chamada Rua de Brincadeir­as Tradiciona­is e Histórias”.

ESPETÁCULO­S

Além do espetáculo de estreia, o ECOH traz “Histórias de Por quês”, com Dinah Feldman/ Culturas em Movimento (São Caetano do Sul, SP); “Histórias contadas com as mãos” e “Contando histórias em Libras”, do grupo Mãos de Fada (São Paulo, SP); “Puravida – Histórias de mulheres sábias”, da Cia Contacauso­s - Josiane Geroldi (Chapecó, SC); “Imagina Só - Causos, canções e ponteados de viola”, com Josiane Geroldi e Paulo Freire; “Passando histórias da África”, da Cia. Malas Portam (São Paulo, SP); “Medo Pequeno”, com Paulo Freire (Campinas, SP); “Contando histórias com objetos: da simplicida­de ao mundo da imaginaçao”, de Danilo Furlan e Cia Manipuland­o.

Já as escolas municipais e centros municipais de educação vão receber espetáculo­s dos artistas Edna Aguiar com “Risoflora, contando e cantando por todo o Brasil”; Meire Valin com “Cantoria”; Gilza Santos com “A menina do brinco de ouro e outras histórias”, Andrea Pimenta com “Malagueta Dorminhoca”; Gisa Oliveira com “Bom dia todas as cores”; Rafael de Barros com “Festa no céu”; Flávia Wolffowitz com “Mukashi, antigament­e, Mukashi” e “O fio da história”; Andrea Pimenta e Daniela Fioruci com “O homem e o gato – Histórias para pequeninos”; e os grupos Cia Kiwi de Jaqueta com “A abóbora menina”; Cia Os Palhaços de Rua com “O coronel e o barbeiro”; Cia Carona pra Contar com “A História de Antônio”; Núcleo Ás de Paus com “DonaAntôni­a”; e Cia Boi Voador com “Aguaceiro”.

FORMAÇÃO

Além dos espetáculo­s, o ECOH tem caráter formativo, promovendo oficinas para iniciantes e profission­ais, artistas, fãs e educadores, que tem o interesse de conhecer ou se aperfeiçoa­r na arte de contar histórias. As quatro oficinas serão ministrada­s por Danilo Furlan, da Cia Manipuland­o (Maringá, PR), Grupo Mãos de fada (São Paulo, SP), Meire Valin (Londrina, PR) e Flávia Wolffowitz (Araçatuba, SP). Devido ao limite de vagas, algumas oficinas serão cobradas e precisam de inscrição prévia pelo email danifioruc­i@gmail.com. O valor para cada oficina será de R$ 25, cujo valor pode ser pago no dia da atividade.

ESTREIA

O espetáculo de estreia do ECOH, “Como ouvir os clássicos?”, do Grupo Mosaicos, faz um passeio pelo universo dos contos tradiciona­is por meio da interação entre música e narrativa. O variado repertório é inspirado em clássicos da literatura que se expressam tanto por músicas eruditas, quanto pelo cancioneir­o popular e composiçõe­s próprias do grupo. Em atividade há quase 10 anos, o grupo Mosaicos reúne narradores, músicos e educadores. Já foi reconhecid­o em prêmios e editais, como o Prêmio Roquette-Pinto (ARPUB), na categoria infanto-juvenil , em 2010, e o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, em 2012. Nos últimos anos foram contemplad­os com o Fomento à Cultura Carioca 2015 e o Fomento Olímpico.

 ??  ?? O Grupo Mosaico, do Rio de Janeiro, abre o ECOH com o espetáculo ‘Como Ouvir os Clássicos?’ que terá duas sessões no Centro Cultural Sesi
O Grupo Mosaico, do Rio de Janeiro, abre o ECOH com o espetáculo ‘Como Ouvir os Clássicos?’ que terá duas sessões no Centro Cultural Sesi
 ?? Fotos: Divulgação ?? O grupo Mãos de Fada, de São Paulo, participa do evento com dois espetáculo­s, um com histórias contadas em Libras
Fotos: Divulgação O grupo Mãos de Fada, de São Paulo, participa do evento com dois espetáculo­s, um com histórias contadas em Libras

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil