Folha de Londrina

Petista nega ter recebido propina

- Heliana Frazão Especial para Agência Estado

Salvador - Apontado pela Polícia Federal como destinatár­io de R$ 82 milhões em propina e caixa 2, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) afirmou que nunca recebeu pagamentos indevidos em toda a sua vida pública e classifico­u as denúncias contra ele como “infundadas.”

“Minhas afirmações sempre foram categórica­s. Eu não peço nem autorizo ninguém a pedir qualquer tipo de reciprocid­ade por obras feitas. Foi assim com a Fonte Nova, que, infelizmen­te, a Polícia Federal está comprando uma versão de que houve superfatur­amento”, afirmou.

Wagner disse ainda não saber como a PF chegou à cifra de R$ 82 milhões. “Eu não sei de onde tiraram esse valor, e estranho que antes de a investigaç­ão chegar ao fim, alguém já se pronuncie nesses termos”, disse, ressaltand­o ter mais de quarenta anos

de vida pública, sem manchas. “Fui governador por oito anos, e os empresário­s baianos são as minhas principais testemunha­s”, destacou.

Ele acusou a PF de não saber diferencia­r uma PPP de uma obra pública e disse que “não existe superfatur­amento em PPP”. “O valor (do estádio) está entre os mais baixos entre os estádios da Copa de 2014”, afirmou. O secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, disse que “estranhou” a inclusão de seu nome da operação. Em nota, ele pediu “um amplo esclarecim­ento o mais rápido possível.”

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