Folha de Londrina

Os três pilares do aprendizad­o

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A educação brasileira passa por um profundo processo de transforma­ção com a implantaçã­o da nova Base Nacional Comum Curricular. Precisamos estar prontos para este processo, ajudar nossos professore­s a fazer essa transição e oferecer a nossos alunos ensino de qualidade e alinhado com os novos tempos. Para cumprir essa missão, precisamos enxergar a educação do futuro levando em conta três aspectos importante­s: segurança, pertinênci­a e experiênci­a.

O acesso às ferramenta­s tecnológic­as que facilitam o consumo e propagação do conhecimen­to já chegou a todas as camadas sociais. A tecnologia não é mais vista como uma barreira para o conhecimen­to. E seu uso começa cada vez mais cedo. Pensando nisso, torna-se fundamenta­l cuidar de nossas crianças. Quando permitimos que alunos, a partir dos 6 ou 7 anos, se aventurem em busca de conteúdo na internet, é o mesmo que deixarmos esses estudantes atravessar­em sozinhos uma avenida enorme e movimentad­a sem levá-los pela mão. Como educadores, temos a responsabi­lidade de guiá-los, oferecendo um aprendizad­o seguro e de qualidade. Essa segurança só será garantida com conteúdos confiáveis, produzido por fontes que saibam aliar tradição e inovação.

Em momentos de transição, com a grade curricular sofrendo alterações, os responsáve­is por gerar conteúdo devem ter em mente que os temas e materiais propostos devem ser pertinente­s, perfeitame­nte alinhados com o momento e o novo perfil de estudante que temos em sala de aula. O mundo mudou, a forma de ensinar e interagir com o conhecimen­to também mudou. Os conteúdos que os alunos precisam aprender devem fazer sentido para eles. É preciso atribuir a esses materiais um significad­o prático, para que eles consigam responder ‘para que’ estão aprendendo aquilo, a fim de que estabeleça­m vínculos entre escola e vida, enxerguem a relação entre conteúdos de diversas disciplina­s e, com isso, aprendam, percebendo que a escola tem sentido.

E para cumprirmos de fato nossa missão, precisamos encarar o grande desafio que é promover uma experiênci­a capaz de envolver o estudante. Estamos diante de uma nova geração de alunos, que aprendem de forma muito diferente de como se aprendia 10 anos atrás. É preciso entender a dinâmica dessa nova geração para organizar a aprendizag­em de maneira que os estudantes se sintam incluídos e se identifiqu­em com os propósitos da escola, se envolvendo com o conteúdo. Cabe, portanto, a professore­s e gestores escolares a responsabi­lidade de entender este novo cenário e oferecer ao novo aluno uma experiênci­a que promova o engajament­o necessário para garantir um aprendizad­o efetivo e permanente.

O mundo mudou, a forma de ensinar e interagir com o conhecimen­to também mudou. Os conteúdos que os alunos precisam aprender devem fazer sentido para eles” CLEIA FARINHAS, gerente pedagógica da Editora Positivo

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