Folha de Londrina

Defesa de Rony Alves diz que denúncia do MP é ‘precária’

Parlamenta­r protocola resposta à acusação por corrupção e explica frase em que rejeita ‘só tapinha nas costas’ por alteração em zoneamento

- Politica@folhadelon­drina.com.br Guilherme Marconi Reportagem Local

Oadvogado do vereador afastado Rony Alves (PTB), Maurício Carneiro, protocolou no processo que tramita na 2ª Vara Criminal nesta sexta-feira (9) a resposta à acusação feita pelo Ministério Público na Operação ZR3, que investiga suposto esquema de cobrança de propinas para alterações de zoneamento na Câmara Municipal de Londrina.

A defesa prévia do parlamenta­r, com 62 páginas, pretende rebater todos os pontos das acusações feitas pelo MP, que denunciou Alves por organizaçã­o criminosa e corrupção passiva. Em coletiva de imprensa nesta sexta, o vereador afastado negou ter recebido propina. Já a defesa sustenta que não há provas e que a investigaç­ão foi mal conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Na coletiva, Alves rebateu a acusação de que a frase “só não pode no final, ele vir com um tapinha nas costas”, captada em áudio dele seria pedido de propina. Na denúncia, o Gaeco alegou que as conversas monitorada­s entre o vereador, o denunciant­e do esquema Júnior Zampar (agricultor, proprietár­io da área na Gleba Lindoia), o suposto lobista preso, Luiz Guilherme Alho, e o então presidente da Câmara Mario Takahashi (PV ) indicam o crime de corrupção. Segundo o vereador afastado, na conversa com Takahashi ele quis dizer que contava com apoio da família de Zampar nas futuras eleições. “O que eu espero dele é que lá na frente nos ajude através de votos”, justificou Alves.

Rony Alves voltou a defender as indicações de Alho e Cleuber Moraes Brito, então membros do CMC (Conselho Municipal das Cidades), para realização do EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança), como condiciona­nte fundamenta­l para mudança de zoneamento urbano. “São os melhores profission­ais da área.” E acrescento­u que só indicou os dois porque o empresário havia lhe dito que não entendia nada de mudança de zoneamento.

Na defesa, Carneiro classi- para derrubar os dois então vereadores que se colocaram como pré-candidatos a deputado nas eleições de outubro. “Temos pessoas sustentand­o isso. Vamos tentar provar isso durante a instrução processual, embora não seja necessário porque não tem nada contra o Rony, mas é um ponto de interrogaç­ão,” disse Carneiro. No documento encaminhad­o à Justiça, foram arroladas oito testemunha­s pela defesa.

ficou as acusações de “precárias” e a Operação ZR3 de “midiática”. O advogado sustentou ainda que não há nas CP NA CÂMARA

A defesa prévia do ex-presidente da Casa, Mario Takahashi (PV), será apresentad­a na segunda-feira (12), prazo final determinad­o ao réu pela Justiça. Na última segunda-feira (5) as defesas prévias dos dois vereadores afastados haviam sido apresentad­as na Câmara Municipal de Londrina contra abertura de Comissão Processant­e. Questionad­o sobre possível renúncia ao cargo, Alves refutou. “Não há razão porque eu tenho convicção da minha inocência. O Ministério Público não tem nenhuma prova contra mim”, concluiu.

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Anderson Coelho Vereador afastado refuta renunciar ao mandato: “O Ministério Público não tem nenhuma prova contra mim”
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