Em uma semana, dois réus da Operação ZR-3 deixam cadeia
O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Delcio Miranda da Rocha, alterou a prisão preventiva do empresário Luiz Guilherme Alho em domiciliar na sexta-feira (9). Ele também voltará a usar a tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada depois que o advogado Luciano Molina, responsável pela defesa, alegou problemas cardiovasculares e o risco de Alho permanecer na PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina) em caso de uma emergência. “Não é razoável deixá-lo ‘largado a própria sorte’”, disse o defensor. Além do monitoramento eletrônico, a Justiça ordenou que o acusado só saia de casa para tratamento médico.
Luiz Alho foi preso preventivamente na semana passada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) junto com o empresário Vander Mendes Ferreira, que deixou a CCL (Casa de Custódia) na última quarta após habeas corpus do TJPR (Tribunal de Justiça do Paraná) e o servidor da Secretaria Municipal de Obras, Ossamu Kaminakagura, que continua na PEL 1, em desdobramentos da Operação ZR-3, ou Zona Residencial 3, que apura um possível esquema de corrupção entre agentes públicos e pessoas da iniciativa privada para mudanças pontuais de zoneamento em Londrina.
Segundo o Ministério Público, Alho, dentro do grupo, atuava como intermediador entre os vereadores Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB) e empresários que desejam alterar o zoneamento de suas propriedades. Nesta semana, a Justiça havia indeferido a devolução de quase R$ 300 mil apreendidos pelo Gaeco na casa do réu. A defesa argumentou que o dinheiro correspondia ao faturamento da empresa de Luiz Alho. Além dele, os promotores denunciaram 12 pessoas por corrupção ativa, passiva e organização criminosa, além de outros delitos.