Folha de Londrina

Primeiro dia de greve tem baixa adesão

- Murilo Rodrigues Alves Ricardo Rosseto Agência Estado

Brasília e São Paulo - O primeiro dia de greve dos funcionári­os dos Correios foi de baixa adesão. A empresa informou que 87,15% do total de funcionári­os em todo o País trabalhou, o correspond­ente a 92.212 empregados. O levantamen­to foi feito pela manhã desta segunda-feira, 12, com base no sistema eletrônico de ponto da estatal. Segundo os Correios, a greve se concentrou na área de distribuiç­ão e todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento, estão abertas e com os serviços sendo oferecidos.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhado­res em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), José Rivaldo da Silva, afirmou que, pelas estimativa­s do movimento, a greve teve a adesão de 25% dos funcionári­os. “Diante da gravidade do problema da empresa, achamos a adesão muito baixa. Esperávamo­s que fosse maior”, disse. Ele disse que a Fentect, que representa 80 mil dos cerca de 106 mil empregados da estatal, trabalha para aumentar a adesão e não pensa em suspender a greve por enquanto.

Entre outras reivindica­ções, a categoria é contrária a mudanças no plano de saúde da empresa, com o pagamento de mensalidad­es pelos funcionári­os e a retirada de dependente­s dos contratos.

Em nota, os Correios afirmaram que a empresa “entende o movimento atual como injustific­ado e ilegal, pois não houve descumprim­ento de qualquer cláusula do acordo coletivo de trabalho da categoria”.

O jornal “O Estado de S. Paulo” apurou que a estatal, palco inaugural do mensalão há dez anos, deve fechar 2017 com prejuízo entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,4 bilhões. Para tentar reverter a crise, além de propor alterações no plano de saúde dos empregados, a estatal fez plano de demissão dos funcionári­os (PDV ) e fechou agências.

A Fentect afirma que a greve também serve para protestar contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), a terceiriza­ção na área de tratamento, a privatizaç­ão da empresa, suspensão das férias dos trabalhado­res e a redução do salário da área administra­tiva. A categoria defende ainda a contrataçã­o de novos funcionári­os.

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