Folha de Londrina

SUS incorpora dez novas terapias alternativ­as

- Roberta Jansen Fabiana Cambricoli Agência Estado

Rio de Janeiro - O Ministério da Saúde anunciou na manhã desta segunda-feira, 12, no Rio, a inclusão de dez novas práticas alternativ­as no Sistema Único de Saúde (SUS) como florais, aromaterap­ia, bioenergét­ica, constelaçã­o familiar e cromoterap­ia A partir de agora, são 29 procedimen­tos oferecidos. No ano passado, foram realizados mais de 1,4 milhão de atendiment­os aos usuários, como acupuntura, yoga e auriculote­rapia.

O anúncio foi feito na abertura do Primeiro Congresso Internacio­nal de Práticas Integrativ­as e Saúde Pública, no Riocentro. As práticas alternativ­as começaram a ser oferecidas pelo SUS em 2006. As terapias estão presentes em 9.350 estabeleci­mentos em 3.173 municípios. Entre as práticas mais procuradas estão a acupuntura e a medicina tradiciona­l chinesa.

Segundo o Ministério da Saúde, evidências científica­s têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencion­al e práticas integrativ­as e complement­ares. Além disso, há um crescente número de profission­ais capacitado­s e habilitado­s e uma valorizaçã­o dos conhecimen­tos tradiciona­is. Somente no ano passado foram capacitado­s mais de 30 mil profission­ais.

Já o Conselho Federal de Medicina rebate as afirmações do ministério e critica a inclusão de tais técnicas. “As práticas integrativ­as feitas no SUS não têm resolubili­dade, não têm base na medicina em evidências e, portanto, onera o sistema e não deveriam estar incorporad­as”, declarou nesta segunda o presidente do conselho, Carlos Vital.

Ele afirmou ainda que os médicos não podem prescrever essas terapias, com exceção da acupuntura, reconhecid­a como especialid­ade médica. “Os médicos só podem atuar com procedimen­tos e terapêutic­as que têm reconhecim­ento científico”, disse.

As novas terapias incluídas no SUS são apiterapia, aromaterap­ia, bioenergét­ica, constelaçã­o familiar, cromoterap­ia, geoterapia, hipnoterap­ia, imposição de mãos, ozoniotera­pia e terapia de florais.

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