Brasil vai contra a corrente na utilização do árbitro de vídeo
O mais conservador entre os esportes populares, o futebol finalmente se rendeu à tecnologia. Após dois anos de testes, a IFAB (International Football Association Board) aprovou no início do mês o sistema VAR (árbitro assistente de vídeo) como uma regra do futebol. Porém, no Brasil a implantação do sistema caminha a passos lentos, com a anuência dos principais clubes do País.
A decisão da IFAB – entidade que regulamenta as regras do esporte – se baseou nos testes que foram feitos em mais de mil jogos de 20 competições oficiais, como o Mundial de Clubes de 2016 e a Copa das Confederações do ano seguinte. A inclusão do VAR abre caminho para a utilização da tecnologia na Copa do Mundo da Rússia. O Conselho da Fifa se reúne na sexta-feira (16), na Colômbia, e deverá confirmar a utilização do árbitro de vídeo no Mundial.
O Brasil foi um dos seis países autorizados pela Fifa a testar o VAR, porém, o sistema ainda não foi implantado no País. A única experiência aconteceu na final do Campeonato Pernambucano do ano passado.
O objetivo da CBF era implantar o VAR a partir do returno do Brasileirão deste ano, mas a maioria dos clubes que disputam a Série A rejeitou a proposta. A decisão foi tomada no Congresso Técnico realizado em fevereiro, no qual os clubes são soberanos.
Um dos empecilhos que frearam a empolgação dos clubes foram os custos apresentados pela CBF. A implementação do VAR no Brasileirão custaria R$ 20 milhões, valor que teria que ser dividido entre os 20 times. Diante da negativa, a CBF confirmou a utilização do árbitro de vídeo a partir das quartas de final da Copa do Brasil, com todo o custo sob sua responsabilidade.
O sistema deve ser usado em apenas quatro situações, situações de gol, marcação de pênaltis, cartões vermelhos e confusão da identidade de jogadores Dos 20 participantes, 12 votaram contra a implementação do VAR, entre eles Atlético e Paraná Clube