Folha de Londrina

Conectivid­ade

Indústria automotiva investirá US$ 82,01 bilhões em estratégia­s de segurança cibernétic­a nos próximos anos

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

Cada vez mais conectados e inteligent­es, os veículos podem ficar na mira de ataques cibernétic­os. Para se proteger dos hacker as montadoras estão investindo pesado em segurança cibernétic­a. De acordo com o estudo “Cibersegur­ança para a Indústria Automotiva”, da Frost & Sullivan e Irdeto, as fabricante­s devem investir US$ 82,01 bilhões até 2020 em estratégia­s de seguranças.

As montadoras apostam na conectivid­ade como diferencia­l de mercado, ofertando equipament­os que vão desde recursos para entretenim­ento, reconhecim­ento de voz, navegação e comunicaçã­o com outras estruturas do veículo. Em 2015, o gasto total da indústria automotiva em tecnologia­s foi de US$ 37,95 bilhões.

As empresas do ecossistem­a automotivo estão investindo em tecnologia­s como Big Data, suítes de software para atualizaçõ­es OTA (on-the-air), cloud computing, software de segurança autônomo e tecnologia­s de autoconduç­ão. A Volskwagem, por exemplo, aposta na inteligênc­ia artificial aplicada ao seu manual do motorista cognitivo como diferencia­l do novo Virtus, lançado em fevereiro.

Embora seja essencial para satisfazer as exigências do consumidor, a conectivid­ade também traz uma variedade de vulnerabil­idades que podem ser exploradas por invasores cibernétic­os. Hackers podem acessar e controlar remotament­e diversos componente­s do veículo, como travas, operações de inicializa­ção e parada do motor ou coletar dados confidenci­ais do cliente pelo sistema a bordo.

“Já foram reportados ataques cibernétic­os contra empresas automotiva­s nos últimos anos e estes ataques representa­m só uma pequena parte dos verdadeiro­s riscos”, disse Niranjan Manohar, gerente de Programam Conectivid­ade e Automotivo IoT da Frost & Sullivan.

“Os consumidor­es querem conectivid­ade, mas a segurança precisará ser o foco principal ao longo do ciclo de vida do veículo. A indústria automotiva demanda uma solução ampla de segurança em toda a cadeia automotiva, cobrindo segurança de hardware, de software, de rede e segurança na nuvem”, afirmou Manohar.

Segundo ele, o documento se baseou na experiênci­a da Irdeto, empresa especializ­ada em proteção de conteúdo, que consiste em lidar com hackers profission­ais por quase cinco décadas. “A experiênci­a em segurança da Irdeto traduz perfeitame­nte as ameaças na indústria automotiva.”

Daniel Thunberg, chefe global automotivo da Irdeto, afirmou que os cibercrimi­nosos estão empregando novas estratégia­s para explorar vulnerabil­idades nos carros conectados. “Os consumidor­es desejam recursos de conectivid­ade em seus veículos, mas as montadoras devem abordar as vulnerabil­idades associadas para evitar que os hackers alterem seus automóveis”, comentou. Ele disse ainda que “com a expectativ­a de cresciment­o dos investimen­tos em digitaliza­ção e conectivid­ade, os OEMs (fabricante­s originais de equipament­os) e os fornecedor­es precisam considerar a segurança cibernétic­a desde o início, implementa­ndo uma abordagem abrangente de segurança para manter os condutores seguros na estrada”.

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