Usuários do aterro reclamam de ponte interditada
Estrutura foi consumida por cupins e deve ser reconstruída em outro local
Usuários da pista de caminhada do Aterro do Lago Igapó, na zona sul de Londrina, reclamam da dificuldade de usar a área de lazer por causa da interdição da ponte que dava acesso à avenida Faria Lima. A ponte foi interditada em setembro de 2017 por oferecer riscos de travessia causados por uma contaminação por cupins. Desde então, as pessoas que precisam atravessar no local são obrigadas a dividir o trajeto com carros na avenida Faria Lima. Em fevereiro, a secretaria municipal de Obras e Pavimentação instalou no local alguns blocos de concreto do tipo “new jersey” para isolar os pedestres. A medida, porém, não agradou os usuários que pedem por uma solução definitiva.
A dona de casa Roneide Marques conta que se sente insegura ao fazer caminhada no Aterro porque não confia na proteção dos blocos. “Os carros passam em alta velocidade e os blocos não protegem todo o trajeto. Preferia usar a ponte”, sentenciou.
Esta é a mesma reclamação da comerciante Sandra Pizaia, que faz caminhadas na área de lazer pelo menos quatro vezes por semana e está incomodada com a solução que considerou “paliativa”. “O acesso está péssimo, a própria prefeitura sinalizou a Faria Lima porque estava muito precário, mas isso só diminuiu um pouco os riscos. É um local de muito fluxo de pedestres, a solução teria que vir rápido”, pede.
O secretário de Obras, João Verçosa, admitiu que o trecho precisa de uma solução e adiantou que a secretaria está em fase de elaboração de um projeto para construção de uma nova ponte. Segundo ele, a estrutura deve ser reconstruída em local próximo pois, na localização atual, corre risco de atrapalhar as futuras obras de duplicação da avenida Faria Lima. “A movimentação de terra durante as obras pode ser perigosa, por isso vamos ter que reprogramar a localização”, disse.
Ele explicou também que a solução para o problema será “interna”. “Estamos tentando viabilizar os projetos para a ponte junto a profissionais do Ippul e da secretaria de Obras”, afirmou, lembrando que uma das soluções para garantir maior durabilidade é usar uma estrutura metálica. Verçosa informou também que aguarda a realização de um levantamento topográfico para conseguir estabelecer um prazo para finalização do projeto.
DESDE 2012
Próximo ao Aterro, no local conhecido como Lago 4, outra ponte que interligava as margens do lago está estragada desde 2012. Neste caso, porém, Verçosa afirmou que não há previsão de recolocar a estrutura. Segundo ele, a ponte foi levada pela correnteza em uma tempestade e, pelas condições de assoreamento do local, o risco do problema persistir é grande.
O secretário informou também que, para evitar que problemas como esse voltem a acontecer, será feita a manutenção de outras pontes do Igapó.
“Os carros passam em alta velocidade e os blocos não protegem todo o trajeto”