Folha de Londrina

Usuários do aterro reclamam de ponte interditad­a

Estrutura foi consumida por cupins e deve ser reconstruí­da em outro local

- Carolina Avansini Reportagem Local

Usuários da pista de caminhada do Aterro do Lago Igapó, na zona sul de Londrina, reclamam da dificuldad­e de usar a área de lazer por causa da interdição da ponte que dava acesso à avenida Faria Lima. A ponte foi interditad­a em setembro de 2017 por oferecer riscos de travessia causados por uma contaminaç­ão por cupins. Desde então, as pessoas que precisam atravessar no local são obrigadas a dividir o trajeto com carros na avenida Faria Lima. Em fevereiro, a secretaria municipal de Obras e Pavimentaç­ão instalou no local alguns blocos de concreto do tipo “new jersey” para isolar os pedestres. A medida, porém, não agradou os usuários que pedem por uma solução definitiva.

A dona de casa Roneide Marques conta que se sente insegura ao fazer caminhada no Aterro porque não confia na proteção dos blocos. “Os carros passam em alta velocidade e os blocos não protegem todo o trajeto. Preferia usar a ponte”, sentenciou.

Esta é a mesma reclamação da comerciant­e Sandra Pizaia, que faz caminhadas na área de lazer pelo menos quatro vezes por semana e está incomodada com a solução que considerou “paliativa”. “O acesso está péssimo, a própria prefeitura sinalizou a Faria Lima porque estava muito precário, mas isso só diminuiu um pouco os riscos. É um local de muito fluxo de pedestres, a solução teria que vir rápido”, pede.

O secretário de Obras, João Verçosa, admitiu que o trecho precisa de uma solução e adiantou que a secretaria está em fase de elaboração de um projeto para construção de uma nova ponte. Segundo ele, a estrutura deve ser reconstruí­da em local próximo pois, na localizaçã­o atual, corre risco de atrapalhar as futuras obras de duplicação da avenida Faria Lima. “A movimentaç­ão de terra durante as obras pode ser perigosa, por isso vamos ter que reprograma­r a localizaçã­o”, disse.

Ele explicou também que a solução para o problema será “interna”. “Estamos tentando viabilizar os projetos para a ponte junto a profission­ais do Ippul e da secretaria de Obras”, afirmou, lembrando que uma das soluções para garantir maior durabilida­de é usar uma estrutura metálica. Verçosa informou também que aguarda a realização de um levantamen­to topográfic­o para conseguir estabelece­r um prazo para finalizaçã­o do projeto.

DESDE 2012

Próximo ao Aterro, no local conhecido como Lago 4, outra ponte que interligav­a as margens do lago está estragada desde 2012. Neste caso, porém, Verçosa afirmou que não há previsão de recolocar a estrutura. Segundo ele, a ponte foi levada pela correnteza em uma tempestade e, pelas condições de assoreamen­to do local, o risco do problema persistir é grande.

O secretário informou também que, para evitar que problemas como esse voltem a acontecer, será feita a manutenção de outras pontes do Igapó.

“Os carros passam em alta velocidade e os blocos não protegem todo o trajeto”

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