Folha de Londrina

Cade proibirá tabelament­o na corretagem de imóveis

- Júlio Wiziack Folhapress

Brasília - Outra mudança imposta pelo conselho é o fim da exclusivid­ade

São Paulo - O governo federal aproveitou a realização do Fórum Econômico Mundial em São Paulo para lançar um programa de modernizaç­ão do parque industrial brasileiro que prevê linhas especiais de crédito que somam R$ 9,1 bilhões e a isenção do imposto

O Cade (Conselho Administra­tivo de Defesa Econômica) proibirá o tabelament­o de taxas de corretagem de imóveis em todo o País. A decisão será tomada na reunião do conselho desta quarta-feira (14). A medida é resultado de um acordo fechado com o Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) e os Crecis (conselhos regionais) de todos os estados fechado com o Cade para evitar que o caso fosse a julgamento e as penalidade­s fossem maiores.

Por meio do acordo, eles se compromete­ram a cessar uma série de práticas considerad­as pelo Cade como danosas à livre concorrênc­ia. A partir desta quarta, as taxas de corretagem -porcentage­m que varia entre 5% e 12% e que incide sobre aluguéis, venda e administra­ção predial - ficam livres. Não poderá mais haver tabelament­o.

O corretor poderá oferecer menos do que 10%, média do mercado, para tirar negócios de outros corretores. Antes o corretor que fizesse isso podia ser punido com uma processo administra­tivo, o que, segundo o Cade, ocorreu em diversos estados

Outra mudança imposta pelo conselho é o fim da exclusivid­ade. Os proprietár­ios de imóveis que quiserem vendê-lo ou alugá-lo poderão usar mais de uma corretora, o que antes era vetado por alguns conselhos. Embora no mercado fosse comum o anúncio do imóvel por mais de uma corretora, o negócio só era fechado por aquela com quem o proprietár­io tinha contrato comercial.

O acerto com o setor de corretagem é resultado de um processo aberto pela Superinten­dência-Geral do Cade, em 2015, que vem monitorand­o uma série de atividades profission­ais que, por meio de instruções normativas próprias, vêm atuando com “conduta uniforme” entre concorrent­es. Dentre eles estão médicos, fotógrafos e contadores. Segundo o Cade, essas regras internas estariam violando a legislação concorrenc­ial brasileira.

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