Folha de Londrina

APÓS 25 ANOS

Serão investidos cerca de R$ 5 milhões para melhorias em toda a estrutura e construção de um novo bloco com aproximada­mente mil metros quadrados

- Micaela Orikasa Reportagem Local

Maternidad­e Municipal vai passar por obras de reforma e ampliação

AMaternida­de Municipal Lucilla Ballalai, de Londrina, deve ter uma nova estrutura em 15 meses. Esse é o prazo que a prefeitura estima para conclusão das obras de reforma e ampliação da unidade, anunciadas na manhã de sextafeira (16). A solenidade, com a participaç­ão do prefeito Marcelo Belinati, ocorreu na própria maternidad­e e foi marcada pela assinatura do contrato das obras. A previsão é que os trabalhos comecem nos próximos dez dias. Serão investidos cerca de R$ 5 milhões para melhorias em toda estrutura física (750 m²) e ampliação de aproximada­mente mil metros quadrados de área. Esta é a primeira grande obra na maternidad­e, que foi inaugurada em 1992.

A maternidad­e terá um novo bloco onde funcionará o Centro de Parto Normal, interligad­o ao Centro Obstétrico, e que contará com cinco leitos e banheira; mais dois leitos no setor de pré-parto (aumentando de oito para dez vagas); salas de enfermaria para o pós-parto e um centro cirúrgico.

O projeto ainda prevê novos espaços para lavanderia, sala de costura, depósito de material de limpeza e centro de materiais e esteriliza­ção. Tudo isso será abrigado em uma área total de 3.335,14 metros quadrados.

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, disse que a obra será executada de forma que não haja desassistê­ncia à população. “Após a conclusão da nova torre, vamos remanejand­o os setores de atendiment­os”, comentou. Apesar da ampliação, Machado disse que não haverá um aumento na capacidade de atendiment­o.

A notícia de que a maternidad­e será revitaliza­da animou a professora Angela Golono de

Deus e o empresário Cristian Escobar. O casal deu entrada na maternidad­e no dia anterior para o nascimento da primogênit­a Helena. “Eu tinha passado por aqui dias antes e estava chovendo. Fiquei assustada quando vi que a chuva invadia os ambientes”, lembrou a mãe.

Em todos os espaços é visível a precarieda­de das estruturas, desde as portas e janelas ao teto, que apresenta infiltraçõ­es. O muro na parte externa também precisa de manutenção, pois está com rachaduras.

A vendedora autônoma Lucilla Manoela da Silva Magalhães lembra que as melhorias na maternidad­e são aguardadas há muito tempo. “Essa notícia é boa, pois esse lugar está realmente precisando de reforma”, ressaltou a vendedora, que foi convidada a participar da solenidade, pois foi o primeiro bebê a nascer na maternidad­e.

Em relação aos recursos, o secretário disse que parte deles (em torno de 2,5 milhões) foram captados em 2014 do governo federal por meio do Ministério da Saúde, e que o município entrará com uma contrapart­ida de mais de R$ 2 milhões. “Implantamo­s em 2017, medidas de austeridad­e e contamos com uma parceria do governo do Estado para viabilizar as obras”, declarou.

A reforma e ampliação será executada pela empresa Eng9 construção Civil, de Curitiba. A solenidade contou com a presença de deputados, vereadores e servidores da área da saúde. Durante a cerimônia, o prefeito Marcelo Belinati salientou o fato de ser uma obra histórica, uma vez que a maternidad­e nunca recebeu reforma significat­iva para adequação e ampliação de ambientes. “Mais de 85 mil crianças já nasceram nesta maternidad­e, desde a sua fundação, e todos os meses são feitos cerca de 270 partos aqui”, observou.

NÚMEROS

Com uma média mensal de 270 partos e 760 atendiment­os em geral, a Maternidad­e Municipal Lucila Ballalai é uma das mais importante­s maternidad­es públicas do Norte do Estado. Foi fundada em 23 de dezembro de 1992. No ano de 2000, recebeu o título de Hospital Amigo da Criança, concedido pela Unicef, Organizaçã­o Mundial da Saúde e, em 2006, o Prêmio Galba de Araújo pelo respeito à dignidade da mulher e humanizaçã­o do parto, pela presença do acompanhan­te. Atualmente, a Lucila Ballalai é a maternidad­e que mais realiza partos no norte do Paraná, através do SUS (Sistema Único de Saúde).

São adequações dos ambientes, pensando na melhoria e humanizaçã­o dos atendiment­os”

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Gina Mardones Em todos os espaços da Maternidad­e Municipal é visível a precarieda­de das estruturas

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