Guarda municipal é denunciado por ameaças
O Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná registrou, nesta sexta-feira (16), denúncia na Ouvidoria-Geral da Prefeitura de Londrina contra um guarda municipal que teria feito ameaças nas redes sociais ao Coletivo de Combate ao Genocídio de Jovens. O motivo da ameaça foi a criação de um abaixo-assinado pelo desarmamento da corporação, depois da morte do jovem Matheus Ferreira Evangelista, 18 anos, durante abordagem da Guarda Municipal, no final de semana passado.
Por conta das ameaças, a petição foi retirada da internet pelos organizadores com medo de represálias.
Evangelista foi alvejado no pescoço durante abordagem de agentes da Guarda , em uma festa, na zona norte, e morreu no hospital horas depois. No começo da semana, os três agentes que participaram da abordagem foram afastados das funções e na última quintafeira (15), o guarda suspeito de ter dado o tiro foi preso temporariamente, após mandado expedido pela 1ª Vara Criminal de Londrina.
O ouvidor-geral, Alexandre Sanches Vicente, confirmou o recebimento da denúncia e disse que não poderia fornecer mais detalhes do caso, mas que “uma resposta será dada ao autor do protocolo em 20 dias”.
Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (16), o prefeito Marcelo Belinati disse que é necessário aguardar as investigações sobre o crime. Belinati lembrou que a Guarda Municipal foi criada com a concepção de ser armada e ostensiva, contribuindo com a segurança em parceria com outros órgãos. “Essa discussão é importante que a sociedade de Londrina faça. É importante que a cidade debata o que é prioridade e os caminhos que o município deve tomar”, avaliou.
Procurado pela FOLHA, o secretário municipal de Defesa Social, Evaristo Kuceki, disse que encaminhou o caso para Corregedoria da corporação.