NOVA ESTRATÉGIA
Determinação do Ministério da Saúde tem o aval da OMS; Paraná começa a ser atendido a partir de julho
Vacinação contra febre amarela passa a ser recomendada para todo o País; ampliação da área de cobertura será gradual
Todo território brasileiro será considerado como área de recomendação para vacina contra febre amarela e a ampliação das áreas de cobertura será feita de forma gradual. A determinação é do Ministério da Saúde e conta com o aval da OMS (Organização Mundial da Saúde). São Paulo, Rio e Bahia, que já realizam uma campanha em áreas consideradas prioritárias, deverão manter a iniciativa e estender para toda população. Nesses três Estados, a imunização será feita com doses fracionadas, com um quinto de imunizante que é usado na dose integral. Nos demais Estados, serão usadas doses integrais da vacina.
A partir de julho, a vacinação será estendida para o Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. Aexpec ta tivaéd eque, até abril do próximo ano ,1.586 municípios estejam incluídos na área de recomendação da vacina, atingindo todo território nacional.
“É evidente que o vírus amplias eu espaço acada ano. Vamos procurar oferecer cobertura a todos os brasileiros”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. A iniciativa de estendera vacinação para toda população já havia sido anunciada pelo governo do Estado de São Paulo. Aexpecta tivaéd eque até julho toda população paulista es- teja imunizada. A mesma estratégia será adotada em outros Estados.
Para atender o aumento da oferta de vacina fracionada, uma nova compra de seringas especiais será feita, com 15 milhões de unidades. Além disso, um reforço de outros 15 milhões está chegando ao País. Barros, quena próximas emana deixa o cargo para dispu- tara reeleição para umava gana Câmara dos Deputados, não quis falar sobre a situação de febre amarela do País.
Questionado se, agora que o número de casos da doença já superou o registrado durante todo o ano passado, ele reconhece que o País enfrenta um surto da doença, Barros dirigiu a resposta para seu secretário de Vigilância em Saúde, AdeilsonCalvalc ante, que também não falou sobre o sur- to .“Oque queremo sé evitar que situação se repita nos próximos anos”, disse.
A ampliação da recomendação de vacina foi feita depois da entrada em funcionamento de uma nova fábrica de vacina de febre amarela, em Embu, numa parceria entre o Instituto Biomanguinhos e o laboratório Libbs Farmacêutica. “A produção já começou, agora aguardamos a validação dos lotes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.” Questionado sobre qual seria a estratégia caso a produção do imunizante não seja aprovada, o ministro não respondeu.