Contratos de confidencialidade inibem negócios, diz sindicato
Existem especulações sobre o interesse de grandes grupos no setor da saúde em Londrina. Mas, assim como na educação, ninguém confirma nada a respeito. O presidente do SindLab-PR (Sindicato dos Laboratórios Análises e Patologias Clínicas, Anatomias e Citologia do Estado do Paraná), Carlos Roberto Audi Ayres, afirma que os negócios envolvem contratos de confidencialidade e que o mercado só fica sabendo após o fechamento do negócio.
As transações são realizada por meio de assessores ou consultores de empresas especializadas em fusões e aquisições. De acordo com o presidente, que também sócio-fundador do Laboratório Oswaldo Cruz, esses consultores exigem assinatura do contrato antes de informarem qual é a empresa interessada.
“Já fomos procurados várias vezes por pessoas que dizem representar grupos, mas relutamos em assinar contratos de confidencialidade sem saber quem são os grupos. Às vezes, esses contratos são só especulação”, conta. Ele disse também que há comentários sobre prospecções em Maringá. “Sabemos de investidas em Maringá”, afirma.
Londrina conta com seis laboratórios de análises clínicas, que são consideradas de médio porte. Em 2016, o Laboratório Sabin, quinto maior do setor no País, comprou o Cetel. De acordo com Ayres, foi o único negócio realizado nos últimos tempos.
O presidente da entidade diz que o mercado local de diagnósticos médicos depende muito das operadoras de saúde e que esse fato provoca o achatamento dos preços dos serviços. Na avaliação dele, isso dificulta a realização de negócios.
Outro problema é que os investidores não estariam
dispostos a pagar pela “tradição” das empresas familiares. “Por exemplo, nosso laboratório tem 42 anos e obviamente se alguém quiser comprar queremos vender essa tradição, mas essas empresas têm uma análise muito fria baseada só nos números”, afirma.
HOSPITAIS O presidente do Sindipar (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná), Luiz Rodrigo Milano, comenta que, nos últimos anos, há especulações sobre a compra de hospitais no Estado, mas