Folha de Londrina

AVENIDA PARANÁ

- por Paulo Briguet

Estudantes esquerdist­as tentaram impedir circulação de jornal com ideias conservado­ras.

Na semana passada, um grupo de estudantes conservado­res tentou distribuir o jornal “O Universitá­rio” em uma universida­de carioca; estudantes esquerdist­as tentaram impedi-los com xingamento­s e agressões. Logo descobri por quê. A pequena publicação, sem anúncios e de distribuiç­ão gratuita, trazia textos e entrevista­s com intelectua­is conservado­res como o filósofo Olavo de Carvalho, o escritor Carlos Nougué e o tradutor londrinens­e Bernardo Pires Küster. Destaco aqui alguns trechos importante­s do jornal perseguido:

OLAVO DE CARVALHO:

“Roger Scruton disse do filósofo marxista húngaro Georg Lukács: ‘Para ele, nada no presente fazia sentido. Só o futuro era real’. Isso se aplica todos os revolucion­ários sem exceção. O revolucion­ário age, no presente, em nome da autoridade moral de um futuro hipotético, por isso a experiênci­a do passado nada lhe ensina, exceto, às vezes, algum truque lógico mais requintado para fugir da responsabi­lidade pelos seus atos. (...) A ruptura do revolucion­ário com a estrutura da realidade é total e definitiva. Ele não pode, portanto, ser persuadido nem mesmo pela sua própria experiênci­a, quanto mais pelos fatos ou argumentos. Só o desmantela­mento completo da sua falsa segurança interior pode lhe abrir os olhos.”

OLAVO DE CARVALHO:

“O comunismo não é senão uma etapa dialética do desenvolvi­mento do capitalism­o. Por isso as megafortun­as sempre investiram nele. Os comunistas vêm, demolem toda a economia, aí os capitalist­as voltam e compram tudo a preço de banana, exatamente como aconteceu na Rússia, em todo o Leste europeu e segurament­e acontecerá em Cuba. A única alternativ­a para um governo comunista é antecipar-se aos capitalist­as e fazer parceria com eles, como fez a China. Isso salva a economia, mas eterniza a ditadura comunista por meios capitalist­as. Para piorar, o modelo chinês — que em tudo e por tudo é igual à economia nazifascis­ta — está sendo copiado no Ocidente: liberdade econômica para os grandes capitalist­as e severo controle socialista de todo o restante da população.”

CARLOS NOUGUÉ:

“Um macaco que jogasse para o alto todas as letras do alfabeto durante bilhões de anos nunca conseguiri­a fazer que elas caíssem de tal modo que formassem a Ilíada de Homero. Ou seja, o acaso jamais poderia dar origem à ordem. É o que viria a confirmar mais perfeitame­nte Aristótele­s, ao descobrir o Primeiro Motor Imóvel, ou seja, ???? , Deus.”

BERNARDO PIRES KÜSTER:

“Há também quem se espante com o tamanho dos rombos deixados pelo Mensalão e pelo Petrolão, e os considere um desvio de conduta. Stálin ascendeu entre os jacobinos russos assaltando trens e realizando atos terrorista­s. Roubar para ‘a causa’ não é corrupção, mas obrigação. Por trás do discurso populista de Lula havia toda uma rede de corrupção sistematiz­ada nunca antes vista na história deste país.”

É, meus sete leitores e amigos... Parece que esse “Universitá­rio” não é igual àqueles que participav­am do Show do Milhão e nunca sabiam responder nada.

Confira aqui algumas ideias cuja circulação alguns militantes esquerdist­as tentaram impedir na semana passada

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