Festa da inclusão
No Dia Internacional da Síndrome de Down, jovens e adultos com deficiência se divertiram em balada de Londrina
Cerca de 300 jovens e adultos que possuem deficiência tiveram uma tarde especial nesta quarta-feira (21). No Dia Internacional da Síndrome de Down, eles participaram de uma balada numa casa noturna de Londrina, em que puderam dançar, cantar e tiveram à disposição lanche, refrigerante, além de sorteio de brindes e apresentações. É o nono ano que a festa acontece, contando com a participação de entidades da cidade que trabalham com este público.
Uma das idealizadoras, Janeth Shibayama contou que o evento é organizado de forma voluntária por um grupo de amigos, que recebe doações de diversas empresas. “Isso tudo é minha vida, pois não tem preço vê-los felizes. Muitos não têm condições de poder frequentar este tipo de lugar. Esperam o ano todo por este momento”, destacou ela, que é mãe de um jovem que tem síndrome de down. “É uma oportunidade de inclusão em que mostram que é normal ser diferente”, ressaltou Silvio Machado, que também é realizador do festejo.
Uma das mais animadas na pista de dança da 2.800 Music Club, Juliana Goes, 31, relatou adorar dançar. Segundo ela, a chance de passar o dia com os amigos de uma maneira que foge à rotina a encantou. “É a primeira vez que participo, mas já fiquei apaixonada. Estou extravasando da maneira que mais gosto”, disse ela, que logo voltou para junto dos amigos para bailar ao som de Anitta. Fã de todos os ritmos musicais, Matheus Rodrigues da Silva, 20, aproveitou junto da professora do EJA (Ensino de Jovens e Adultos). “Estou me divertindo muito, mais já pensando na festa do ano que vem”, brincou.
Para Natanael César Lopes, 18, a balada teve motivo extra para celebrar. Também nesta quarta ele fez aniversário. Aos olhos atentos da mãe, que registrava em fotos e vídeos a alegria do filho, o rapaz aprovou a diversão em família. “É muita música, energia positiva e risadas. Está sendo um dos melhores aniversários”, afirmou. Aluno na APS-Down (Associação de Pais e Amigos de Portadores de Síndrome de Down), ele estava participando da festa pela terceira vez.
SEM PRECONCEITO
Entre as organizações presentes na balada estava a Associação Flávia Cristina, com sede na zona norte da cidade, e que atende 173 alunos. Aproximadamente 60 pessoas que integram o EJA da entidade foram levados à casa noturna. “São pessoas com deficiência intelectual e que veem neste tipo de momento uma oportunidade única na vida deles. Quebra preconceitos, porque todos estão curtindo juntos, mostrando que são iguais e merecem estes momentos”, acredita a diretora pedagógica da associação, Marly Coutinho.
O Dia Internacional da Síndrome de Down é comemorado em 21 de março pois faz referência aos três cromossomos no par número 21, característico de quem possui este tipo de alteração genética. A festa contou com pessoas com deficiência de todos os tipos, denotando que o som por respeito e igualdade é aquele que elas mais buscam ouvir durante a vida. “É maravilhoso ver tudo isso, porque é gratificante. Eles, com suas limitações, nos ensinam muito sobre a vida”, alegrouse Juliana Machado, voluntária no evento há nove anos.
É muita música, energia positiva e risadas; está sendo um dos melhores aniversários”