Folha de Londrina

Escola municipal acolhe comunidade aos sábados

Atividades são realizadas aos sábados como estratégia para combater o vandalismo na Zumbi dos Palmares

- Carolina Avansini

AEscola Municipal Zumbi dos Palmares abre as portas para a comunidade do jardim União da Vitória (zona sul de Londrina), oferecendo atividades esportivas e de recreação através do projeto “Craque da Escola”. A iniciativa, que começou em 2015 como estratégia para reduzir o vandalismo é realizada todos os sábados pela manhã. Na primeiro edição de 2018, realizada no dia 17, a escola recebeu pelo menos 200 pessoas, entre alunos, familiares e comunidade em geral.

“O objetivo é mostrar a todos que eles pertencem à escola”, explicou a diretora Marlene Valadão, que conta com os professore­s de educação física e apoio de voluntário­s, entre mães e professore­s, para organizar as atividades. Cordas, bambolês e bolas não faltaram durante toda a manhã, assim como o lanche oferecido a todos.

“Antes do projeto a gente tinha muito vandalismo, toda semana havia vidros quebrados. Pensamos em estratégia­s para resolver o problema e foi assim que surgiu a ideia de abrir a escola”, conta Valadão. A iniciativa funcionou e, hoje, o vandalismo é quase inexistent­e. “Antes do início das atividades a gente tem uma conversa com todos para que se lembrem da importânci­a de cuidar da escola. Em seguida começam as brincadeir­as”, conta.

O “Craque da Escola” ocorre todos os sábados, das 9 às 12 horas, com atividades esportivas, artísticas e de entretenim­ento, como brincadeir­as, jogos, pinturas e campeonato­s. Há dias em que são disponibil­izados brinquedos como cama elástica e piscina de bolinha, por meio de parcerias. A escola Zumbi de Palmares é a maior da rede municipal e atende mais de 800 alunos, da Educação Infantil (P5) ao 5º ano do Ensino Fundamenta­l.

Nicole da Silva Freitas, 10, é aluna do quarto ano e estava ansiosa pela volta do projeto. “A escola é muito boa porque ensina muitas coisas, mas no sábado é ainda mais divertida”, disse. Ela contou que, quando o projeto estava em férias, acabava ficando em casa sem fazer nada nos sábados pela manhã. “Aqui é melhor porque a gente brinca”, avisou.

Ela estava acompanhad­a pela irmã mais velha, Jenifer da Silva, 25, que aproveitou para levar as duas filhas pequenas. “É uma ótima ideia, pois aqui no bairro não tem muita opção de lazer e as crianças ficam sem fazer nada”, opinou. Vitor Bruno da Silva Santos, 11 anos, garantiu que a escola fica muito mais legal aos sábados. “Gosto de jogar bola e aqui tem muito espaço. Esse projeto é muito legal”, elogia.

Nikolle Karla Dourado, 8, conta que antes do projeto não tinha nada para fazer no sábado, mas agora não perde as atividades no Zumbi dos Palmares. “Encontro minhas amigas e brinco muito”, avisa ela, que estava acompanhad­a da mãe, Valdelice Reis Dourado, 32, que também faz parte do Conselho Escolar.

Dourado revela que decidiu participar da comunidade escolar porque percebeu que faltavam voluntário­s. A experiênci­a, garante, é muito boa. “Ajudo a olhar as crianças no recreio e passei a dar mais valor para a escola. Muita gente reclama dos problemas, mas poucos se interessam em ajudar. Eu prefiro estar aqui e fazer a diferença”, diz.

Outra mãe que não tem preguiça de fazer trabalho voluntário na escola é Valéria da Silva Santos, 32, que ajudava na cozinha enquanto a filha Taís, 6, brincava com os amigos. “Falta lazer nos bairros e poder se divertir na escola é muito bom. Eu gosto de ajudar e acho muito bom ser voluntária. O projeto é bom para a escola, para os pais e para as crianças”, elogia.

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Saulo Ohara Na primeira edição de 2018 cerca de 200 pessoas participar­am das ações; escola é a maior da rede municipal

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