Folha de Londrina

BEM CAIPIRA

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Fomos criamos por aqui. Os pés descalços muitas vezes ficaram cobertos de barro ou poeira vermelha. No vigor da boa terra cresceram os brotos humanos fazendo com que se formassem raízes invisíveis, porém sensíveis e eternas.

A pujança da região nos proporcion­ou muito conhecimen­to, adquirimos culturas diversas com nossos vizinhos e buscamos muito mais nas escolas, viagens, universida­des, e por todo o mundo.

Como verdadeiro­s camaleões nos adaptamos muito bem às mais diversas situações, fruto da diversidad­e e incrível dinâmica que sempre fizeram parte de nossas vidas.

Assim, estando por aqui ou por ali temos a nossa forte identidade.

O céu de extremo azul ficava facilmente carregado por densas nuvens e chovia com fartura: o cheiro da terra úmida, o arvoredo brilhando molhado, as minas e os corgos enchendo, a planta brotando, o passaredo banhando nas poças, e novamente raios de sol bem quente fazendo um mormaço que enchia tudo de nova vida.

Na casa simples, o assoalho estalava enquanto eu andava até a cozinha.

A mesa de madeira marcada pelos sinais de intenso trabalho diário tem gavetas nas laterais de onde saem os pratos e talheres.

Uma boa abanada no fogão fazia o braseiro avivar aquecendo bem a chapa e sobre a chapa a panela de ferro preta.

“CHiiiiiiii­iii”, a carne frigindo na banha fazia o cheiro do alho, cebola, ervas e limão encher o recinto.

Sentado na cadeira torneada eu

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